Há precisamente um ano o país sobressaltou-se com o desabamento de um troço de cerca de 100 metros de uma estrada em Borba, mesmo junto a duas pedreiras de mármore, onde morreram 5 pessoas, enterradas sob toneladas de rocha e terra.
Duas das vítimas eram operários de uma empresa de mármore e encontravam-se em trabalho no fundo da pedreira e três outras vítimas circulavam na malograda estrada quando esta desabou.
Seguiram-se duas semanas de angústia numa operação complexa de remoção de escombros, para retirar as vítimas da pedreira. Corre ainda hoje o inquérito que procura apurar os motivos e a responsabilidade da derrocada, onde se incluem 21 testemunhas e pelo menos 9 arguidos, um deles uma pessoa coletiva.
A estrada continua cortada, num dia cinzento não muito diferente daquele de há um ano, com um cenário que pouco mudou no local. Entretanto as famílias das vítimas já foram indemnizadas pelo Estado em 1,6 milhões de euros e a estrada, essa, muito provavelmente nunca há-de ser recuperada, como as vidas que ali se perderam.
Imagem de capa de José Canastreiro para os Linhas de Elvas.
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