Por Rita Nascimento
Há sempre outro sol, outra estrada,
Uma improvável flor na calçada,
um abraço onde falar de amor.
Há sempre outra hora marcada,
se a vida foi, pois, adiada,
bateu forte e despojada
duvidou da sua cor.
Há sempre outro chão, outra foz,
um peito onde adormecer os sonhos!
Um cais que espera por nós,
depois do breu…
dos tempos sós.
Há sempre verde uma esperança
em quem, por nós, fica e avança,
para que a lua nasça e nos fascine.
Há sempre, no sabor doce da lembrança,
uma eterna e cândida herança
que o amor nos concedeu.
E se incerta a hora tardar,
Há uma luz no teu olhar
que te indica a direção.
Nos tumultos desta vida,
não há sombra nem ferida
que perdurem…
à luz mais bela e antiga
do teu nobre coração.
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Natural de Lisboa, a residir há mais de duas décadas na cidade de Beja, a Rita conta com doze anos de compromisso profissional na área comercial, entre os quais, cinco dedicados à liderança e desenvolvimento de equipas. Nas palavras encontra o seu equilíbrio e na poesia um universo de possibilidades, sem condicionalismos nem fronteiras, capaz de fazer ver tudo quanto tende a não ser visto.