20 Dezembro 2019      10:35

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Guadiana vai voltar a ser navegável até Mértola

Os trabalhos para navegabilidade do rio Guadiana vão entrar na sua terceira fase, entre Pomarão e Mértola.

O Guadiana foi uma das principais rotas de navegação do sul da Península, e por isso, desde o neolítico foi lugar privilegiado para a fixação de populações. Mais recentemente, permitiu entre 1858 e 1965, o escoamento do minério proveniente das minas de São Domingos. Com o fim da exploração mineira, e cessando a navegação comercial regular, a navegabilidade do rio perdeu importância, tendo deixado de ser efectuada a manutenção do canal, ocorrendo assim ao longo dos anos sedimentação e alteração dos fundos.

Contudo a beleza e particularidade daquela paisagem tem atraído o turismo, notado pelo aumento do tráfego de embarcações turísticas e de recreio e, consequentemente, das actividades marítimo-turísticas na região, apesar do rio não ter todas as condições de navegabilidade. Há cerca de duas décadas que se falava da necessidade de promover faseadamente o desassoreamento do canal navegável, assinalá-lo convenientemente e produzir a cartografia náutica correspondente.

Desde o início deste ano que o governo, a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e os municípios de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, têm trabalhado em conjunto para a devolução da navegabilidade ao rio. O Guadiana tem sido alvo de  intervenções para a navegabilidade, sendo que a última, a segunda fase, abrangeu 13 quilómetros, entre Alcoutim e Pomarão. Na primeira fase estabeleceu-se ligação entre Vila Real de Santo António e Alcoutim. Esta última ligará Pomarão a Mértola e quando terminada terá custado mais de 600 mil euros.

 

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