18 Março 2021      12:05

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Governo justifica exclusão de aeroporto de Beja com a distância

António Costa, Primeiro-Ministro

O porta-voz de PAN, André Silva, questionou, na passada quarta-feira, o primeiro-ministro sobre a exclusão de Beja como opção na avaliação ambiental estratégica sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.

De acordo com a Lusa, António Costa afirmou, na Assembleia da República, que “a grande razão pela qual não se pode colocar Beja é a seguinte: o aeroporto mais longe de um centro urbano que existe está a 66 quilómetros. Lisboa está de Beja à distância de 129 quilómetros, e isto é intransponível”.

O primeiro-ministro, que falava durante o debate sobre política geral, concluiu que, por esse motivo, “não faz sentido” colocar a opção de Beja “na equação”.

Antes, o deputado havia considerado que o Governo vai fazer “uma avaliação ambiental estratégica fictícia, que compara apenas duas localizações, designadamente, a solução Lisboa + Montijo em duas opções de intensidade distintas, e a solução Alcochete”.

“Por que é que o Governo não faz uma avaliação ambiental estratégica a sério, que inclua a opção de Beja? O Governo tem medo dos resultados da avaliação? O Governo tem medo que o resultado venha demonstrar que a solução de Beja é a mais adequada?”, perguntou ao primeiro-ministro.

António Costa defendeu que o debate sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa já se prolonga há muitas décadas e que agora “o país não pode multiplicar outras soluções, se não daqui a 60 anos ainda alguém estará aqui a discutir onde é que há de ser a localização do novo aeroporto de Lisboa”.

O governante adiantou ainda que a construção do novo aeroporto no Montijo “não se revelou viável por uma questão legal” e que o Governo decidiu “de uma vez por todas” fazer “a avaliação ambiental estratégica, não entre duas, mas entre três soluções: Alcochete, Portela + Montijo ou Montijo + Portela”.

 

Fotografia de visao.sapo.pt