31 Outubro 2022      09:00

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Governo investe mais de 50M€ para levar telecomunicações ao Alentejo

O Governo vai disponibilizar 160,1 milhões de euros para levar redes de telecomunicações de capacidade muito elevada às chamadas “zonas brancas” do país, de acordo com o caderno de encargos lançado em consulta pública na passada quinta-feira.

Segundo o documento, consultado pela agência Lusa, o montante de financiamento público a atribuir ao adjudicatário “será determinado nos termos que venham a ser definidos na decisão de aprovação das candidaturas a fundos europeus e nacionais, nomeadamente o FEDER, que no âmbito do Programa Portugal 2030 prevê apoiar investimentos em matéria de conectividade digital nos Programas Regionais e em conformidade com as regras sobre auxílios de Estado aplicáveis”.

A concurso estão sete lotes, onde são fixados montantes máximos de financiamento público, por fundos nacionais e europeus: 46 288 800 euros na região Norte, 46 573 125 euros no Centro, 1 196 640 euros na Área Metropolitana de Lisboa, 52 816 740 euros no Alentejo, 12 005 100 euros no Algarve, 801 500 euros nos Açores e 465 mil euros na Madeira, o que totaliza um financiamento público de 160,1 milhões de euros.

O mesmo caderno de encargos explica que redes de capacidade muito elevada são “as redes de comunicações eletrónicas que permitem a disponibilização de serviços de comunicações eletrónicas aos utilizadores finais, com um débito mínimo por acesso, no sentido descendente (‘download’), de 1 Gbps”.

“As redes de capacidade muito elevada, objeto do presente procedimento, devem garantir, no prazo de três anos após a data de produção de efeitos do contrato de adjudicação, uma cobertura de todos os edifícios residenciais, estendendo-se ainda à indústria, comércio e instalações agrícolas nas áreas geográficas identificadas” no programa do concurso.

Segundo o mesmo documento, “sem prejuízo de o adjudicatário dever dar preferência à utilização das infraestruturas aptas ao alojamento de redes já existentes, nomeadamente, infraestruturas próprias ou de outras entidades, a instalação das redes de capacidade muito elevada pode abranger a construção de novas infraestruturas aptas que se revelem necessárias, devendo, neste último caso, ser assegurada capacidade para suportar pelo menos três redes de comunicações eletrónicas”.

 

Fotografia de scinova.com.br