15 Dezembro 2022      09:17

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Governo garante “ajuda e meios” para recuperar dos danos provocados pela chuva

Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial

Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, assegurou, durante o dia de ontem, quarta-feira, que não vão faltar ajuda e meios para fazer face aos danos provocados pela chuva dos últimos dias e admitiu que poderá haver recurso a mecanismos de ajuda internacional.

“Não faltará ajuda e meios para repormos estes danos”, garantiu a ministra, citada pela agência Lusa, sublinhando ainda que “não vale a pena andar a falar em dinheiro, porque ainda não sabemos o que está em causa”.

Estas declarações aos jornalistas foram feitas em Campo Maior, quando a ministra visitava, juntamente com Luís Rosinha, presidente do município, e outros governantes, a zona da vila que foi mais afetada pela chuva que caiu na madrugada da passada terça-feira.

Após ter entrado em algumas habitações que ficaram inundadas e ter falado com moradores, Ana Abrunhosa explicou que fez questão de ver os danos provocados pela chuva na zona conhecida como Alagoa, no centro de Campo Maior.

“É importante ter essa perceção e perceber agora, dentro dos mecanismos de apoio, como é que podemos rapidamente apoiar as famílias, sempre em parceria com os municípios”, salientou a ministra da Coesão Territorial.

De acordo com a ministra, agora “é o momento” para proceder, juntamente com as autarquias, à avaliação financeira dos prejuízos, de forma a que “muito em breve” sejam definidos “os mecanismos” disponíveis para a atribuição dos apoios.

“Podemos até, se os prejuízos atingirem um certo patamar, recorrer a níveis de ajuda internacional”, adiantou a ministra, que voltou a referir que é necessário agora falar com as famílias e assegurar-lhes que “uma solução” vai ser encontrada.

A ministra considerou ainda urgente encontrar apoio que permita repor o mobiliário das habitações que ficaram inundadas, frisando que as famílias que ficaram desalojadas “querem regressar o mais rápido possível às suas casas, sobretudo, nesta época natalícia”.

“É o momento de passar palavras de tranquilidade, de que encontraremos uma solução, avaliaremos todos os prejuízos e de perceber os que são mais urgentes para atuarmos mais rapidamente”, sublinhou Ana Abrunhosa, que acrescentou ainda que já há “uma metodologia” para proceder ao levantamento e à avaliação dos danos e que, depois da conclusão desse trabalho, será tomada a decisão sobre o tipo de recurso que deve ser acionado.

“Depois de avaliarmos, veremos se os danos são de um determinado montante e [se] temos que recorrer a ajuda internacional ou se temos que usar os instrumentos legais que nacionalmente temos”, afirmou ainda a ministra.

Quando lhe foi colocada uma questão sobre uma possível demora da chegada dos apoios às pessoas, Ana Abrunhosa reconheceu que “vai ser sempre muito devagar para quem precisa”, voltando a sublinhar a necessidade de se proceder a uma rigorosa avaliação, uma vez que vão ser utilizados recursos públicos.

“O que temos de assegurar às famílias é que tudo faremos para que elas rapidamente regressem a suas casas”, continuou a ministra, que fez ainda referência à necessidade de apoiar os municípios naquilo que tenha maior urgência.

Ainda de acordo com a agência Lusa, que cita a Câmara Municipal de Campo Maior, o Largo do Barata e a Rua da Lagoa ficaram alagados e várias habitações foram inundadas, tendo algumas ficado com água até ao teto. A autarquia, que acionou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, revelou ainda que houve registo de 20 desalojados, de sete famílias.

Luís Rosinha, presidente da Câmara Municipal, avançou com uma estimativa inicial dos prejuízos registados no concelho, indicando um valor de cerca de dois milhões de euros, embora tenha admitido que esse montante possa vir a subir.

 

Fotografia de rr.sapo.pt