Findas as eleições autárquicas, talvez seja tempo de fazer um balanço.
Os quatro anos que passaram foram tempos de adaptação e de conhecimento. A mudança e o exercício de funções autárquicas trouxeram consigo uma elevada exigência em termos de desempenho, compromisso e responsabilidade.
As aprendizagens efetuadas e os conselhos tomados em linha de conta, foram bases de trabalho bastante importantes, para a tentativa de resolução dos problemas diários que surgem, inevitavelmente, e que muitas vezes nem sabíamos que existiam.
A realidade supera sempre a ficção. Falo por todos os que acompanhei e que fizeram parte desse quotidiano, porque no fundo, foi esse espírito de equipa que prevaleceu sempre e que permitiu que tivéssemos concretizado muitos dos projetos que estavam em carteira e serviram de base ao programa eleitoral proposto.
Falo do executivo, dos técnicos, dos colaboradores, dos funcionários e de todos os que estiveram ao nosso lado, na missão diária de ajudar quem precisa, independentemente dos motivos ou razões. Nem sempre foi possível, mas ninguém pode dizer que faltou o diálogo, ou o empenho no sentido de resolver o que era necessário. As portas vão continuar abertas.
Como foi dito, foi necessário conhecer os cantos à casa, perceber o que se podia melhorar, criar novas formas de trabalho e proporcionar uma maior autonomia para quem está todos os dias a dar o seu melhor, de modo a que a organização municipal funcione e seja eficaz. Não há dúvidas de que muitas sementes foram lançadas, em termos de projetos que serão estruturantes para o futuro de Vila Viçosa.
E os Calipolenses reconheceram isso. O voto que nos foi dado no passado dia 12 foi fruto da confiança no trabalho desenvolvido e nos resultados apresentados. Não é desculpa, mas quatro anos foram insuficientes para recuperar décadas de atraso e estagnação. Isto não é conversa fiada. É uma constatação baseada em factos. Precisamos de mais tempo, porque nem sempre as decisões e as vontades dependem exclusivamente do município. Quantas vezes não queremos andar, mas dependemos de terceiros?
Porém, de nada vale falar do passado.
Temos o futuro pela frente e há que arregaçar as mangas. O peso da responsabilidade e do escrutínio, se já eram grandes, são agora maiores. Mas estamos cá para dar o nosso melhor, como sempre fizemos, sem tirar o pé do acelerador.
Vila Viçosa optou pela estabilidade e agora quer resultados visíveis da escolha que fez. Estamos conscientes disso. Não vale a pena agora falar sobre aquilo que nos dividiu, nem sobre o que foi dito na campanha eleitoral, que terá tido altos e baixos e que deixou talvez algumas marcas, que cabe a todos ultrapassar.
Os tempos são exigentes e requerem união. A democracia assenta na diferença de opiniões, mas não deixemos que isso afete a esfera pessoal ou familiar. No fundo, é um apelo que lanço, para que possamos, juntos, retomar um caminho que seja de progresso e de desenvolvimento para Vila Viçosa!