4 Novembro 2018      10:51

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Filmes e outras notas breves 2

Samsara, de R. Fricke (porque apetece inundar de beleza, mesmo que advenha da dor, dor sempre distante, por isso subjectiva, e potencialmente bela, como uma explosão formidável da qual não vemos as consequências).

The Walk, de R. Zemeckis (porque a sequência da travessia faz vibrar, também porque a comoção foi tomando o lugar da vibração, e por fim porque dá a compreender o que sente aquele que flutua no etéreo; enfim, especificidades de um certo cinema).

Secret in Their Eyes, de Billy Ray (por que carga de água o espanhol precisa de se transformar em inglês para que os americanos o validem? Pois não sei. Se calhar até sei, é como aqueles jogadores de futebol que quando estão a perder deixam de passar a bola aos outros, convencidos de que só eles podem resolver o problema. Sabem-se eficazes, talvez melhores de acordo com o pressuposto-base - com outros meios, digamos. Resumindo: vê-se bem, mas é desnecessário.)

Os filmes de Peter Watkins (vazio que releva de uma intensa necessidade de descoberta. Só conheço o The War Game, que vi há muitos anos. Muda uma vida – como tantos outros, sempre fui um tipo com sorte ao jogo e no cinema.)

 

Fritz Lang - Secret Beyond the Door (1947)

A extraordinária ideia da reconstrução dos quartos onde foram cometidos homicídios. Colecção macabra. Quartos ditosos que Joan Bennett confunde com quartos felizes. Não, esclarece Michael Redgrave, apenas quartos apropriados, aptos, felizes no efeito, de arquitectura apropriada para o que acontece lá dentro. Ai, ai!

 

Imagem straight.com

 

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