8 Outubro 2024      11:01

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Festival Terras Sem Sombra traz concerto de harpa a Odemira

Elizabeth Plank, harpista austríaca

O concelho de Odemira vai receber, nos dias 12 e 13 de outubro, a 20.ª temporada do Festival Terras Sem Sombra, com um programa que inclui a estreia mundial de uma peça para harpa, o olhar sobre os desafios da interioridade na vila de Colos e a observação da migração de aves, junto ao Cabo Sardão.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Odemira indica que o maior destaque da programação é o concerto “Sons que descem do céu: música para harpa a solo (séculos XIX/XXI)”, interpretado pela harpista de Viena, Elizabeth Plank, na noite de 12 de outubro, pelas 21:00, na Igreja da Misericórdia.

Segundo a mesma fonte, o espetáculo reserva a estreia mundial da peça escrita pela compositora austríaca Monika Stadler, “Impressões Alpinas” (2024), e a intérprete Elizabeth Plank é professora de Harpa na Universidade de Música e Artes Performativas de Viena e reconhecida internacionalmente.

Além disso, está agendada, também no dia 12 de outubro, pelas 15:00, a ação “A vila de Colos: os desafios da interioridade na sede de um antigo concelho manuelino”, propondo aos participantes uma discussão em torno da desertificação dos lugares, numa perspetiva atenta à sede do antigo concelho extinto no séc. XIX, guiada por António Martins Quaresma (historiador) e José António Falcão (historiador de Arte).

Já no domingo, dia 13 de outubro, pelas 9:30, está marcada uma atividade dedicada à Salvaguarda da Biodiversidade, junto ao Cabo Sardão, com o tema “Crónicas das aves e dos homens: da migração outonal das aves à cultura mirense dos homens”, em visita guiada pelo fotógrafo de natureza e grande conhecedor da região, Dinis Cortes.

De acordo com a autarquia, “o Cabo Sardão é uma plataforma privilegiada para observar a migração de aves entre Europa e Africa e para conhecer a singular Cultura Mirense (do denominado período Mesolítico), caraterizada pela ocupação do território em praias ou patamares sobranceiros ao mar, entre Sines e Sagres, a prática de marisqueiro e a utilização do ‘machado mirense’, talhado em pedra e com várias funções”.

A iniciativa tem apoio do município de Odemira e da Embaixada da Áustria em Lisboa, com o selo mecenático da Fundação “La Caixa”.

 

Fotografia de elisabethplank.com