2 Março 2023      11:36

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Ferreira do Alentejo: duas empresas querem investir em construção de central solar

Duas empresas estão interessadas em investir um montante de 156,4 milhões de euros na construção de uma central solar fotovoltaica no concelho de Ferreira do Alentejo, encontrando-se o processo de Avaliação de Impacto Ambiental em consulta pública até ao dia 10 de abril, na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), anunciou esta entidade.

A agência Lusa consultou, na passada segunda-feira (27), no portal Participa, o resumo não técnico do Estudo de Impacte Ambiental (EIA). De acordo com esta fonte, o investimento resulta de dois projetos: um da empresa IncognitWorld Unipessoal e outro da Qsun Portugal 4 Unipessoal, tendo a capacidade sido obtida no leilão de energia solar do ano de 2020.

Esta central solar vai ser instalada numa zona de 750 hectares, que se localiza nas uniões de freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros e de Alfundão e Peroguarda e é ‘atravessada’ pelo Itinerário Principal (IP) 8.

Segundo o documento consultado pela Lusa, esta central vai ter 187 MVA como potência nominal máxima e quase 234 quilowatts de potência de pico (kWp) instalados, o que vai permitir a produção de, “em média”, 451 gigawatts hora por ano (GWh/ano).

No mesmo documento, refere-se que foram “estudados dois corredores alternativos”, um a sul e outro a norte, para a Linha de Muito Alta Tensão (LMAT) que vai fazer a ligação entre a central solar e a subestação de Ferreira do Alentejo.

De acordo com as mesmas fontes, o projeto desta infraestrutura “tem como objetivo a produção de energia elétrica a partir de uma fonte renovável e não poluente, o sol, contribuindo para a diversificação das fontes energéticas do país”, possibilitando ainda esta nova central solar “o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Estado Português no que diz respeito à produção de energia a partir de fontes renováveis e à redução de emissão de gases com efeito de estufa”.

As duas empresas responsáveis pelo projeto estimam que esta central esteja concluída num prazo de 18 meses, envolva “um máximo de 450 trabalhadores” e “tenha uma vida útil de 30 anos”.

Em comunicado enviado à Lusa, a APA afirma que, durante a consulta pública, todas as opiniões ou sugestões que sejam apresentadas por escrito vão ser tidas em consideração, “desde que relacionadas especificamente com o projeto em análise”, e acrescenta que “o licenciamento (ou a autorização) do projeto só poderá ser concedido após Declaração de Impacte Ambiental Favorável ou Condicionalmente Favorável, emitida pela Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental ou pelo secretário de Estado do Ambiente, ou decorrido o prazo para a sua emissão”.