Chegam às fronteiras da Polónia, Hungria e Eslováquia com a Ucrânia, com cartazes, dando apoio, oferecendo bens e lugares nas suas viaturas para quem quer partir. Oferecem muitas vezes as suas casas para acolher as famílias ucranianas que foge á guerra.
São muitos os voluntários estrangeiros, de múltiplas nacionalidades, que conduziram uma enormidade de horas para apoiar os refugiados ucranianos. É notável!
Estes cidadãos ucranianos tiveram que sair das suas terras, no meio de bombardeamentos, trazendo os seus filhos para a ´´segurança´´ europeia.
Na maioria dos casos, partiram porque não era seguro para os seus filhos e para os seus pais ficarem na Ucrânia, sujeitos a uma guerra que não esperavam. Tiveram que deixar os homens para trás, que ficaram a defender a pátria.
Provavelmente, já deve ter ultrapassado 2 milhões, os refugiados ucranianos que atravessaram a fronteira para a União Europeia nestas duas semanas de guerra.
E uma coisa é certa, apesar da tragédia das imagens que vamos vendo e da realidade das pessoas, existe uma enorme e incansável solidariedade dos cidadãos europeus.
Para minha grande surpresa, também a solidariedade e comportamento da União Europeia foi notável! Pela primeira vez na sua história funcionou como um bloco coeso.
Em primeiro lugar, a UE adotou um regime de proteção temporária para as pessoas que fogem da guerra na Ucrânia. Rápido e eficaz. As medidas adotadas têm como objetivo aliviar a pressão sobre os sistemas nacionais de asilo e permitir que as pessoas deslocadas beneficiem de direitos harmonizados em toda a UE. Estes direitos incluem: a residência; o acesso ao mercado de trabalho e à habitação; a assistência médica; o acesso das crianças à educação.
Fundamental esta decisão.
E claro, a UE condenou veementemente a decisão de Vladimir Putin de reconhecer as zonas não controladas pelo Governo ucraniano das províncias de Donetsk e Luhansk e de invadir a Ucrânia. Condena igualmente o envolvimento da Bielorrússia na agressão militar russa.
E, neste contexto, foram adotadas um conjunto muito elevado de sansões, que poderão ser decisivas para tentar travar a progressão da invasão russa. Estas sansões poderiam ter um nível mais elevado? Claro que sim. Acredito que, ao longo do tempo vão nesse sentido, incluindo a aquisição de petróleo e gás natural.
É verdade que os dirigentes da UE têm sido firmes e solidários nas posições tomadas. Espero que não surjam quaisquer desvios neste caminho.
Por isso mesmo, este comportamento merece a minha felicitação. Principalmente para que a paz chegue rapidamente à Ucrânia.
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