3 Agosto 2021      11:04

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Exposição “Sustentar” com primeira paragem em Mértola

Evgenia Emets, artista

A exposição “Sustentar”, que une a fotografia e o vídeo à sustentabilidade, partiu em itinerância nacional e já chegou a Mértola, onde vai ficar até 29 de agosto.

De acordo com o Jornal Económico, a 1.ª edição da “Sustentar” conta com organização e produção da Plataforma Ci.CLO, e coloca em diálogo seis artistas com seis iniciativas que foram ou estão a ser implementadas em Portugal: Transição agroecológica (Câmara Municipal de Mértola), POCITYF (Câmara Municipal de Évora), Setúbal Preserva bairros do Grito do Povo e dos Pescadores (Câmara Municipal de Setúbal), LIFE Montado-Adapt (EDIA), Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira (Câmara Municipal de Loulé) e Núcleo Museológico do Sal (Câmara Municipal da Figueira da Foz).

Das residências artísticas que tiveram lugar nos vários territórios, resultaram os trabalhos agora em itinerância. Em Mértola, dois espaços irão receber as visões dos artistas convidados a participar no “Sustentar”.

Evgenia Emets apresenta o filme “Arte de Sombrear o Sol” na Casa das Artes Mário Elias, onde aborda as “alterações climáticas, a transição agroecológica e a agricultura sintrópica em Mértola como uma possibilidade de adaptação ao cenário de severa escassez de água”. O filme passa-se em 2121 e dá-nos a perspetiva do planeta Terra.

É também na Galeria do Castelo que se encontram os trabalhos de Elisa Azevedo, Em Plena Luz, que explora a “integração de sistemas inovadores de captação de luz solar” para tornar a zona histórica de Évora autossustentável do ponto de vista energético; de Margarida Reis Pereira, Hoje, Translúcido, que estabeleceu diálogos e pontes com as comunidades dos bairros do Grito do Povo e dos Pescadores, através de estratégias visuais, com vista a representar as suas memórias e identidade; e de Maria Oliveira, De Vagar o Mar, que viaja ao mundo antigo num túnel do tempo rasgado nas salinas da Figueira da Foz.

Os encontros na Galeria prosseguem com Nuno Barroso e o “seu” Geoparque. “Nele está contida uma história da Terra e a história de um território singular – o Algarve. Há a beira-mar, o barrocal e a serra. Todos interligados horizontalmente numa série de camadas sobrepostas”. Sam Mountford, em O Leito do Rio, centra-se nas dimensões culturais, sociais e ecológicas dos Montados ibéricos, assim como na resiliência deste território face às consequências das alterações climáticas.

Os trabalhos têm curadoria de Krzysztof Candrowicz, Pablo Berástegui e Virgílio Ferreira. No itinerário da exposição estão ainda os municípios parceiros da 1.ª edição do projeto “Sustentar”, como a aldeia da Luz, Évora, Figueira da Foz, Loulé e Setúbal.

 

Fotografia de evgeniaemets.vision