Quase metade das empresas do distrito de Évora (46%) apresenta um risco moderado de incumprimento de crédito, segundo dados da Iberinform divulgados esta sexta-feira. De acordo com o relatório da consultora, 35% das empresas têm um risco baixo, enquanto 19% enfrentam um risco elevado de não cumprirem os seus compromissos financeiros.
A análise da Iberinform, baseada na plataforma Insight View, traça uma radiografia ao tecido empresarial eborense, dominado por microempresas e com forte presença no setor dos serviços. As microempresas representam 89% do total, embora concentrem apenas 21% do volume de faturação. Por contraste, as empresas de pequena e média dimensão, que somam apenas 11% do universo empresarial, são responsáveis por 68% das vendas, repartidas entre 42% (pequenas empresas) e 26% (médias).
No que diz respeito à distribuição geográfica das empresas, o concelho de Évora concentra 36% das entidades ativas, seguido por Montemor-o-Novo (11%), Estremoz (9%), Reguengos de Monsaraz e Vendas Novas (ambos com 7%), e Vila Viçosa (5%). Os restantes concelhos do distrito partilham os 25% remanescentes.
A variação trimestral dos processos de insolvência em Évora é outro dado relevante: no primeiro trimestre de 2025, registou-se um aumento de 66% face ao mesmo período de 2024, revelando uma tendência preocupante para a estabilidade económica da região.
Quanto aos setores de atividade, 41% das empresas estão no setor dos serviços, seguido pela agricultura (17%). No entanto, estas empresas geram, em conjunto, apenas 22% do volume de faturação (11% cada). A maior fatia da faturação pertence às empresas mais antigas: 59% das receitas são geradas por empresas com mais de 16 anos de atividade. O tecido empresarial do distrito distribui-se em 38% de empresas com 16 anos ou mais, 33% com 6 a 15 anos, e 29% criadas nos últimos cinco anos.
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