21 Maio 2019      15:46

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Estudo de investigadores alentejanos defende olival nacional

Está concluído um estudo iniciado em 2016 e que conclui que as oliveiras nacionais são tão rentáveis quantos as variedades estrangeiras que proliferam agora pelos campos alentejanos. O estudo foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Évora, do Politécnico de Portalegre, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (CEBAL) e verifica que há motivos para valorizar as variedades de oliveiras portuguesas, o que atesta a qualidade da azeitona nacional e da qualidade do seu azeite.

Em declarações à Rádio Portalegre, Francisco Mondragão Rodrigues, professor na Escola Superior Agrária de Elvas e coordenador do projeto, explicou que o Oleavalor, o nome do estudo, já permitiu comprovar que as variedades de oliveira portuguesa, nomeadamente a galega, cobrançosa e carrasquenha, têm a mesma rentabilidade das estrangeiras, desde que produzidas de forma adequada.

Mondragão Rodrigues, não tem dúvidas de que a falta de informação e conhecimento dos agricultores tem contribuído para o abandono do olival português e pela sua substituição por variedades estrangeiras e o estudo permitiu também apoiar olivicultores de Elvas, Campo Maior, Monforte e Serpa, e demonstrar que é possível reduzir custos e ter mais rentabilidade com as variedades autóctones.

Para além disso e como resultado do mesmo estudo foram desenvolvidas novas técnicas de enraizamento, controlo de pragas e vacinas contra vírus, considerando que estes avanços podem reverter, nos próximos anos, a preferência por variedades de oliveira estrangeira.

O Oleavalor foi apresentado, segunda feira, na BioBip, a incubadora de empresas do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP). O projeto implica um investimento de quase 800 mil euros, financiado por fundos comunitários, através do Alentejo 2020.

 

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