6 Dezembro 2020      11:40

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Este Natal vamos ver o que não se vê há 800 anos

Esta época natalícia traz um fenómeno astronómico que não acontece desde 1623, em plena, há quase 800 anos:

A 21 de dezembro, os dois maiores planetas do sistema solar, Júpiter e Saturno vão ter um alinhamento excecional e vão estar mais próximos que nunca desde a Idade Média, formando o primeiro "planeta duplo" visível desde então.

A este acontecimento dá-se o nome de a "grande conjunção" de Júpiter e Saturno, apesar também conhecido como Estrela da Natividade ou Estrela de Belém, após o astrónomo Johannes Kepler, em 1614, ter sugerido que pode ter sido uma conjunção de Júpiter e Saturno a motivar as referências bíblicas à "Estrela de Belém", na história da natividade.

Este fenómeno acontece de 20 em 20 anos, no entanto, a proximidade que se verificará este 2020 - cerca de 724 milhões de quilómetros - não acontece com esta proximidade desde 1226 e só aconteceu mais uma vez, em 1623, e só voltará a acontecer depois de 2400.

Este alinhamento coincide com o solstício de inverno, a noite mais longa e o dia mais curto do ano.

Para observar o fenómeno, além de céu limpo, precisará de telescópio, ou binóculos como alternativa, pois o fenómeno só será visível a olho nu perto da linha do Equador.

Há toda uma conjunção de fatores que tornam este fenómeno excecional, pois, de acordo com Hernando Guarín, professor de Astronomia da Universidad del Valle, na Colômbia, e diretor da Rede Colombiana de Astronomia, à BBC News, "A Terra leva um ano para dar volta no Sol; Júpiter leva 12 anos e Saturno, 30 anos", e "Isso torna difícil que o fenómeno aconteça com regularidade."

Um vídeo da Agência Espacial Norte-americana, NASA, explica muito sumariamente todos estes acontecimentos. Assista aqui

 

Imagem de rtvslo.si