4 Agosto 2019      12:53

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Este ano pode ser o melhor da década para o vinho alentejano

São previsões mas não têm falhado. Utilizando o método polínico, isto é, a recolha de pólen na fase da floração da vinha, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) prevê ganhos na ordem dos 5 a 10% na produção de vinho na região, com 22 500 hectares de vinha, quando comparado com a vindima de 2018, o que significa uma produção de 115 a 120 milhões de litros, volume superior à média dos últimos cinco anos (de 110 milhões de litros).

Segundo Francisco Mateus, presidente da CVRA, "a previsão é um instrumento essencial para calcular o nível de stocks e a capacidade de resposta às necessidades do mercado" mas depende sempre das condições climatéricas que se vão registar no próximo mês e até ao final de setembro, altura em que se dá por concluída a vindima. Por isso já se sabe que até ao lavar dos cestos ainda muito pode acontecer.

No ano passado, à semelhança do resto do País, o Alentejo foi atingido por uma vaga de calor, na primeira semana de Agosto, que provocou escaldão nas uvas e perdas de produção em vários agricultores. "Em 2018, tivemos cerca de 2/3 dos viticultores com perdas, mas o facto de ter havido chuvas intensas na Primavera e mais área de vinha em produção, atenuou a situação e o Alentejo aumentou a produção após 3 anos de quedas sucessivas em 2015, 2016 e 2017", adianta Francisco Mateus.

Mas nem só de quantidade e de qualidade se pode gabar a CVRA, já que em julho os Vinhos do Alentejo venceram um prémio diferente, desta vez, pelo desenvolvimento de mercados ecológicos.

Numa iniciativa da Comissão Europeia, coordenada em Portugal pelo IAPMEI, a 13ª edição dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2019 classificou o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) como vencedor - entre 70 candidatos - da 5ª categoria “Apoiar o desenvolvimento de mercados ecológicos e a eficiência dos recursos”.

Esta categoria pretende distinguir as melhores práticas de promoção e empreendedorismo da Europa, pela especificidade do seu contributo no desenvolvimento económico das regiões.