A empresa Mocoffee da Azambuja, fundada há 33 anos pelo inventor da cápsula monodose de café e primeiro CEO da Nespresso, está a montar uma fábrica de cápsulas de café no Brasil.
De acordo com o jornal ECO, a nova unidade industrial já se encontra em construção no Porto Seco de Varginha, no sul de Minas Gerais, representando um investimento de 20 milhões de reais (cerca de 4 milhões de euros).
Esta nova unidade vai estar em funcionamento até ao final de 2024, com uma capacidade inicial para produzir 100 milhões de cápsulas por ano.
Ricardo Flores, CEO da Mocoffee, adianta que “o Brasil é o segundo maior consumidor de café no mundo, a seguir aos EUA, e não tem uma única empresa de café 100% focada em cápsulas e no private label. Identificámos essa lacuna de mercado, até porque servimos muitos clientes brasileiros a partir de Portugal. Então, decidimos fazer no Brasil uma réplica da fábrica da Azambuja, com o mesmo tipo de equipamento, de tecnologias e de fornecedores, para abastecer o mercado local”.
A fábrica da Azambuja, em funcionamento desde agosto de 2022 e que desde outubro de 2023 concentra 100% da produção, ocupa uma área total de 4.050 metros quadrados que, além da produção, inclui os departamentos de investigação, logística e comercial.
Com sede em Portugal e subsidiárias na Suíça, no Reino Unido e no Brasil, em 2025 a empresa vai começar por expandir o número de turnos e chegar aos 50 trabalhadores.
Além disso, para os próximos quatro anos, tem planeado um investimento de 7,5 milhões de euros, que aumentará a capacidade de produção anual dos atuais 350 milhões para perto de 520 milhões de cápsulas.
Segundo a mesma fonte, numa primeira fase, em dois anos, a Mocoffee vai aumentar a capacidade de logística com um novo edifício de 1,5 milhões, enquanto outros 5 milhões serão aplicados no crescimento das linhas de produção.
Ricardo Flores esclarece que está “neste momento a negociar os dois terrenos” ao lado da fábrica, e que já tem um estudo prévio para este projeto de expansão à espera de aprovação na Câmara Municipal. “O consumo de café em monodose continua a crescer. Não vemos razão nenhuma para não continuar a investir e a expandir o parque industrial”, justifica o gestor.
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