29 Setembro 2024      08:41

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EDIA agrava prejuízos em 39% para 10,4 milhões

José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)
José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA)

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva registou, no primeiro semestre de 2024, um resultado líquido negativo de 10,4 milhões de euros, de acordo com um comunicado divulgado pela empresa. Este valor representa uma queda de 38,65% face ao mesmo período do ano anterior.

O relatório, publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também foi negativo, fixando-se nos 5,3 milhões de euros, uma variação de 244,8% mais negativa em relação ao mesmo semestre de 2023.

Os gastos totais da empresa somaram 31 milhões de euros, superando os rendimentos de 20,7 milhões de euros. Embora os custos tenham diminuído mais de um milhão de euros em comparação ao primeiro semestre de 2023, os rendimentos também caíram significativamente, registando uma redução de 16,12% em relação aos 24,7 milhões obtidos no período homólogo. Esta quebra nos rendimentos deve-se, em grande parte, à redução nas Vendas e Prestações de Serviços, causada por um semestre mais húmido, que resultou num menor volume de faturação na distribuição de água e na produção de energia das centrais hídricas.

A rubrica com maior impacto negativo nas contas da empresa foi o Fornecimento de Serviços Externos, que pesou 16,7 milhões de euros. Embora os custos com eletricidade tenham diminuído, os gastos com Conservação e Manutenção aumentaram devido à necessidade de intervenções em diversas instalações e equipamentos.

Por outro lado, a empresa registou um aumento significativo nos seus investimentos, que passaram de 1,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2023 para 8 milhões no mesmo período de 2024. Além disso, a EDIA criou uma provisão de 3,31 milhões de euros para grandes reparações na rede secundária.

Os gastos com pessoal também aumentaram, atingindo 4,3 milhões de euros, meio milhão a mais do que no semestre anterior, devido a aumentos salariais anuais e à contratação de 12 novos colaboradores. Ao nível dos ativos, a empresa registou um ativo líquido de 786,8 milhões de euros em junho de 2024, o que representa um aumento de 16,64 milhões de euros em comparação com o final de 2023.

 

Fonte: eco.sapo.pt