13 Outubro 2016      17:51

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E QUE TAL UM OE A PENSAR NO NOSSO FUTURO?

"O ALENTEJO E O MUNDO"

Sexta-Feira será conhecido finalmente o Orçamento de Estado (OE) para 2017 para ser debatido e votado na generalidade e posteriormente na especialidade.

Estando no último trimestre de 2016, considero importante fazermos uma breve reflexão do que tem sido esta Governação apoiada pelo PCP, BE e PS, antes de se passar à discussão do próximo OE:

-Em Agosto de 2015 a dívida pública Portuguesa era de 229€ mil milhões, em Agosto de 2016 já ia em 243€ mil milhões. Só desde as eleições a dívida em vez de descer, teve o preocupante aumento de 5%. Atingindo máximos históricos;

- O crescimento económico do País em 2015 cresceu 1,5%, mesmo com a atribulada chegada ao poder do habilidoso António Costa. No OE preparado para 2016, as previsões de crescimento do Governo Socialista eram de 1,8%. Veio a saber-se que este mesmo Governo já considera que o crescimento económico em Portugal para este ano será apenas de 1,2%. Ou seja, bem menos que as previsões iniciais, tal como o crescimento económico deste ano será inferior ao do ano transacto;

- As previsões do Governo do défice inicial eram de 2,2%, sendo que já admite um défice de 2,5%. Mesmo cumprindo o acordo traçado com a UE, quanto maior for o défice, maior é a dificuldade de atingir os valores previstos inicialmente para 2017 pelo Governo: 1,7 a 1,8%;

- A Esquerda que se julga a grande obreira e defensora do Serviço Nacional de Saúde, viu todas as ordens profissionais de Saúde juntarem-se para apelarem a um plano de emergência para a área da Saúde de forma a ser reposto o financiamento aos níveis dos valores da OCDE. Quanto a isto, pouco ou nada se ouviu do Governo e dos Partidos que suportam o mesmo;

- Quanto aos transportes públicos (o grande bastião dos sindicatos Comunistas), depois de terem sido revertidas as concessões, sente-se na grande Lisboa um enorme incómodo por parte dos seus utentes devido à falta de manutenção e de carruagens no Metro e aos tempos de espera existentes nas diferentes redes de transporte;

- A Escola Pública, tanto defendida como um outro bastião pela Esquerda paternal, têm um défice de auxiliares educativos, como exemplo a maior parte das Escolas do Distrito de Évora;

Esta reflexão traduz um Governo que não soube aproveitar a saída limpa do resgate que tantos sacrifícios originou nos Portugueses. Receio que para ser viabilizado o próximo OE, o actual Governo volte a repetir os mesmos erros, apostando na ilusão, no populismo e nas políticas fáceis que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português têm vindo a defender desde sempre e a impor ao PS. Tudo com um custo: O nosso futuro, claro!

É fácil defender políticas que todos gostamos de ouvir e que realmente todos queremos, quando a justificação para que as mesmas sejam possíveis de se concretizar, se baseiem na: utopia de se renegociar a divida que criámos, sair do Euro, da UE e já agora da NATO também. Retirar mais àqueles que criam riqueza no nosso País e por aí adiante.

Não se deve pedir aumento de pensões desmedido sem antes discutirmos seriamente uma reforma para a sustentabilidade da Segurança Social.

Não se deve dizer que se retira gradualmente a sobretaxa do IRS ao logo do próximo ano, quando este Governo prometeu acabar com a sobretaxa logo no inicio de 2017.

Mais um Orçamento de Estado em que subsistirão os interesses meramente partidários e a manutenção do poder, em detrimento do corte nas gorduras do Estado e nas reformas profundas que Portugal deveria continuar a fazer. Em suma, o futuro do nosso País e da nossa geração discute-se noutra altura!

Imagem de sol.sapo.pt