24 Julho 2021      08:38

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E os burros somos nós?

Qual a razão porque o Alentejo não foi contemplado nos descontos das portagens das autoestradas?

O mais recente modelo de descontos na taxa de portagem nas autoestradas que entrou em vigor há pouco tempo (1 de julho de 2021), trás consigo uma redução de 50% nalguns lanços das autoestradas A22 – Algarve; A23 – IP; A23 – Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A28 – Norte Litoral; A4 – Subconcessão AE transmontana; A4 – Túnel do Marão; A13 e A13-1 – Subconcessão do Pinhal Interior

Entraram em vigor descontos nas portagens das ex-SCUT e das autoestradas do interior do país, mas sem contemplar as autoestradas do Alentejo (A6 e A2). O propósito da medida é apoiar quem vive e trabalha no interior do país. E neste contexto, o Alentejo que é considerada uma região ´´extremamente rica´´ por este Governo (e pelos partidos que o suportam), não foi contemplado. Um absurdo e uma gigantesca injustiça!

Não foi contemplada a nossa região e não há quem o conteste. Não há quem defende este território bastante frágil. Pergunto quais as razões para tamanha passividade?

Há quem conteste (e bem) que o desconto não corresponde integralmente ao que foi estabelecido em Lei. E na nossa região, ninguém protesta por não haver qualquer desconto?

Será que a A6 não percorre um território do interior? Será que a nossa região é assim tão rica que não mereça ser contemplada por esta medida?

É verdade que a redução de 50% das portagens nas ex-SCUT implica questões contratuais complexas com as concessões e as subconcessões, com quem é preciso negociar equilíbrios financeiros. Mas isso tanto serve para um território como o Norte, o Algarve, o Centro de Portugal, mas também o Alentejo.

Por isso mesmo, esta medida também deveria considerar o Alentejo. De outra forma, é claramente territorialmente injusta e não promove a coesão territorial. Antes pelo contrário, gera prejuízos para as famílias e desvantagens competitivas para as nossas empresas.

Esta governação socialista, suportada pela geringonça (parcial ou total), que tanto apregoa a solidariedade, a coesão económica e social, mas na prática não passa de balelas.