Entre os dias 14 e 19 deste mês, Odemira recebe a 25.ª edição do Doc’s Kingdom – Seminário Internacional de Cinema Documental, revela o município, em comunicado, acrescentando ainda que este encontro anual, que passa pela terceira vez consecutiva pelo concelho, junta “cineastas e profissionais de todo o mundo” para uma semana marcada pela exibição de filmes, por debates, por uma exposição e por várias outras iniciativas.
O programa deste ano, que tem curadoria de Raquel Schefer e Rita Morais, centra-se nas “práticas cinematográficas coletivas, num diálogo com momentos históricos e contemporâneos do cinema documental”. O seminário, chamado “Uma Coletiva Harmonia Desarticulada”, inspirado num verso de Sean Bonney, “explora a história política do Alentejo e, em particular, o processo de coletivização da terra e do trabalho que marcou profundamente a região durante a Reforma Agrária”.
Este evento conta com a participação de reconhecidos coletivos cinematográficos, como o Grupo Zero, de Portugal, o Ogawa Productions, do Japão, o CAMP, da Índia, e ainda de Sueli e Isael Maxakali com colaboradores, de cineastas brasileiros do povo Tikmũ’ũn (Maxakali) e do coletivo anarca-feminista boliviano Mujeres Creando.
O Doc’s Kingdom “oferece ainda uma série de sessões gratuitas e abertas ao público”, no Cineteatro Camacho Costa. Entre as propostas estão “filmes impactantes” e “debates e conversas com os realizadores”.
Pelas 15:30 do dia 14, é inaugurada, no Espaço CRIAR, a exposição “Desertos Líquidos”, que conta com trabalhos de investigação sobre o Alentejo, que resultam de uma colaboração com o Royal College of Art de Londres e a CACO - Associação de Artesãos do Concelho de Odemira.
O programa da celebração dos 25 anos do Doc’s Kingdom é ainda composto por “momentos de convívio e interação entre os participantes e a comunidade local”, com festas no Mercado Municipal, no dia 15, e no Quintal da Música, no dia 18.
O seminário, organizado pela Apordoc – Associação pelo Documentário, com o apoio do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual, do Ministério da Cultura e do município de Odemira, apresenta-se como “um espaço único para a reflexão crítica sobre o cinema documental contemporâneo”, remata a autarquia.