A cultura de azeite e as monoculturas intensivas e superintensivas do olival regadas com água do Alqueva está a gerar uma troca de palavras entre autarcas do Baixo Alentejo e o Ministério da Agricultura de Capoulas Santos.
A polémica surgiu na sequência das declarações da autarquia de Serpa (CDU) quanto a preocupações ambientais geradas pela monocultura intensiva e superintensiva do olival e pela produção de azeite na região e da ausência de sistemas de monitorização para controlo ambiental e de saúde pública. Sistema tomado como necessário e que já havia sido tema de uma moção aprovada pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), como 9 eleitos pelo PS e 4 pela CDU.
O Ministério de Capoulas Santos considerou ontem como "incompreensível o discurso alarmista de alguns autarcas do Baixo Alentejo", até porque a área ocupada com esta cultura representa "1,25% do total" da região Alentejo, refutando o impacto ambiental e na saúde pública das monoculturas intensivas e superintensivas do olival no Alentejo. Ainda segundo o gabinete do Ministro e tendo em conta a importância do olival na região, o impacto ambiental foi avaliado por técnicos, que concluem que o olival não faz maior pressão ambiental que qualquer outra cultura de regadio, tendo registado até alguns indicadores que apontam a cultura do olival como "das menos potenciadoras de impactos negativos no solo".
Ainda assim o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária prepara-se para lançar um estudo mais aprofundado de avaliação comparativa dos diversos tipos de exploração de olival.
Siga o Tribuna Alentejo no e no . Junte-se ao Fórum Tribuna Alentejo e saiba tudo em primeira mão