A Corticeira Amorim anunciou a transferência da sua unidade de produção de cortiça expandida, atualmente localizada em Silves, para a unidade de Vendas Novas, a partir de 9 de junho. A decisão, comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), visa assegurar uma maior competitividade do negócio, centralizando operações e investimentos numa única localização.
De acordo com a empresa, a mudança resulta de uma análise das capacidades produtivas das várias unidades da Amorim Cork Solutions, e tem por base razões de eficiência operacional. A escolha de Vendas Novas justifica-se pela proximidade às matérias-primas e pela concentração de recursos tecnológicos e humanos, que permitirão aumentar a produtividade e a rentabilidade do segmento de cortiça expandida. Esta reorganização surge no âmbito da nova unidade de negócio Amorim Cork Solutions, criada para integrar as áreas de pavimentos, isolamento e compósitos, anteriormente dispersas por diversas empresas do grupo.
A transferência poderá afetar os 31 trabalhadores atualmente empregados em Silves. Fonte oficial da Corticeira Amorim, adiantou que será proposta a relocalização destes colaboradores para Vendas Novas, reconhecendo, no entanto, que tal poderá não ser viável para todos. A empresa assegura estar disponível para negociar compensações justas com os trabalhadores que optem por não aceitar a mudança.
No primeiro trimestre de 2025, a Corticeira Amorim registou um lucro de 16,4 milhões de euros, um crescimento de 2,1% face ao mesmo período do ano anterior, apesar de uma ligeira quebra nas vendas totais, que recuaram 2,2% para 229,4 milhões de euros. Excluindo efeitos extraordinários, como a venda da participação na Timberman Denmark, as vendas teriam registado um crescimento de 1,3%. Segundo o presidente executivo, António Rios de Amorim, estes resultados refletem já os efeitos positivos da nova estrutura organizacional da empresa