14 Setembro 2020      10:13

Está aqui

Convento do Carmo em Moura será transformado em hotel de 5 estrelas

O Convento do Carmo, em Moura, distrito de Beja, vai ser reconvertido num hotel de cinco estrelas, num investimento de 11 milhões de euros, revelou a Câmara Municipal de Moura. Trata-se de um imóvel histórico localizado no centro histórico de Moura que se encontra degradado.

A autarquia, em comunicado enviado à agência Lusa, referiu que este é “um investimento na ordem dos 11 milhões de euros, da Sociedade de Promoção de Projetos Turísticos e Hoteleiros (SPPTH), entidade que também já é proprietária do Hotel Convento de Espinheiro, em Évora”.

Este novo empreendimento, com “abertura prevista para 2022”, vai “nascer” depois de o convento ter sido concessionado por 50 anos para fins turísticos à SPPTH, em setembro do ano passado, ao abrigo do programa Revive. Este programa junta os ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, em colaboração com as autarquias abrangidas, e prevê ceder imóveis públicos a privados para serem recuperados e usados para atividades económicas.

De acordo com o município, o Convento do Carmo foi edificado em 1251 e o 1.º da Ordem Carmelita fundado na Península Ibérica. O imóvel está localizado próximo do Castelo de Moura, “sendo que o conjunto que engloba a igreja e o claustro do convento está classificado como imóvel de interesse público desde 1944”, acrescentou a autarquia.

O contrato de concessão do Convento do Carmo foi assinado em 18 de setembro do ano passado, mas já antes, a 21 de agosto, aquando da adjudicação da recuperação do imóvel, o presidente da câmara, Álvaro Azedo, congratulou-se à Lusa por a SPPTH pretender dar “uma nova alma” ao espaço.

O autarca afirmou que “juntaram-se todos os ‘ingredientes’ necessários para que tivéssemos investimento em Moura e para criar riqueza e mais camas turísticas para o futuro”, assim como para “voltarmos a ter o nosso Convento do Carmo com o brilho que merece”.

Álvaro Azedo realçou ainda que este imóvel funcionou como antigo hospital local. “Vai ter outro uso, é certo, mas as pessoas sentem-no como seu, porque muitos de nós nascemos naquele convento, e este é o investimento certo para lhe dar uma nova alma”, defendeu.