13 Julho 2022      09:26

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Convento da Cartuxa abre portas às últimas visitas guiadas

A Fundação Eugénio de Almeida (FEA) está a promover, até final do mês, um conjunto de visitas adicionais ao Convento da Cartuxa.

Em comunicado, citado pela agência Lusa, a FEA explicou que o novo conjunto de visitas pretende “responder ao grande interesse que continuam a manifestar os que procuram conhecer este exemplar único da arquitetura religiosa em Portugal”.

Assim, as visitas guiadas ao Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (ou Escada do Céu), mais conhecido como Convento da Cartuxa, decorrem até 31 de julho, de terça-feira a sábado, para grupos até 20 pessoas, mediante marcação prévia.

Recorde-se que que, após a saída dos últimos monges cartuxos, que viviam em reclusão e clausura, o mosteiro recebeu as primeiras visitas guiadas a 7 de agosto de 2020, a que se juntaram depois diversas visitas abertas, promovidas pela FEA.

No passado mês de abril, o espaço voltou a abrir ao público, após a realização de “obras de requalificação necessárias para o acolhimento das Irmãs do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará”, que vão passar a viver no mosteiro.

As visitas a este “espaço de recolhimento e espiritualidade” foram, depois, encerradas a 18 de maio, mas “a elevada procura” levou agora a FEA “a preparar um programa para as últimas visitas guiadas”.

“Em breve, o Mosteiro da Cartuxa de Évora encerra as suas portas à comunidade” de forma definitiva, lembrou a fundação.

O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, situado na periferia da cidade, foi, “durante 60 anos, um espaço inacessível, marcado pela clausura, silêncio e recolhimento da comunidade de cartuxos”.

Os últimos quatro monges da Ordem de São Bruno saíram no final de 2019, tendo o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelado, na altura, que o Convento da Cartuxa passaria a ser ocupado por monjas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.

Com construção iniciada em 1587, o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli foi o primeiro eremitério em Portugal da Ordem da Cartuxa.

Ao longo do tempo, teve diferentes utilizações, nomeadamente como Hospício de Donzelas Pobres de Évora, Escola Agrícola Regional e centro de lavoura da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.

Acabou por recuperar a sua função religiosa em 1960, “graças à intervenção de Vasco Maria Eugénio de Almeida”, de acordo com a FEA.

 

Fotografia de publico.pt