7 Dezembro 2022      14:30

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Concentração do PCP reivindica mais profissionais de saúde para o distrito de Évora

Uma iniciativa do PCP levou ontem, terça-feira, à concentração de várias dezenas de pessoas junto ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), para defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e reivindicar a contratação de profissionais de saúde para este distrito alentejano.

Segundo a agência Lusa, foi a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP que organizou esta iniciativa, chamada “Tribuna pública em defesa do SNS”.

Vários participantes faziam-se acompanhar de bandeiras do PCP e de cartazes com mensagens como, por exemplo, “Mais centros de saúde – novas valências” ou “+ SNS no distrito de Évora”, enquanto outros entregavam panfletos deste partido às pessoas que por ali iam passando.

“Há muitos concelhos do distrito de Évora, como Mourão, Mora ou Vendas Novas, que se debatem com problemas seríssimos da falta de médicos”, disse, em declarações à Lusa, Patrícia Machado, responsável da DOREV do PCP.

A responsável adiantou ainda que a falta de médicos leva também a que muitos utentes fiquem sem médico de família, o que dificulta a realização de exames ou tratamentos e o acompanhamento clínico.

“É necessário estudar a questão da dedicação exclusiva no SNS e criar condições de valorização dos vários profissionais para que não sejam aliciados, por falta de condições no SNS, para irem para o sistema privado”, afirmou ainda Patrícia Machado, que fez também referência às “dificuldades” no HESE, provocadas pela “falta de profissionais”, como, por exemplo, na urgência pediátrica, e ao recurso deste hospital “a mão-de-obra a partir das bolsas de disponibilidade de médicos” de outros locais.

O novo hospital, que se encontra em construção em Évora, foi também referido por Patrícia Machado, que diz recear que o prazo de conclusão da obra “resvale no tempo”, considerando que “o calendário dificilmente será cumprido”.

Outra das preocupações partilhadas por Patrícia Machado prende-se com o processo relativo às infraestruturas e acessibilidades do novo hospital. Sobre este processo, a responsável lamentou que o PS tenha recusado uma proposta apresentada pelos comunistas que pretendia incluir uma verba para essa finalidade no Orçamento do Estado para o próximo ano.

“Qual é o ponto de situação das expropriações” para serem criadas as acessibilidades, foi a questão da responsável da DOREV do PCP, que frisou que a Câmara Municipal de Évora, com gestão da CDU, “fez tudo o que estava ao seu alcance no quadro das suas competências e que da parte do Governo tardam as respostas”.

A conclusão do novo hospital está prevista para o final do próximo ano e o projeto representa um investimento que ronda os 210 milhões de euros. 

 

Fotografia de ominho.pt