22 Janeiro 2023      11:39

Está aqui

Comando de Proteção Civil do Alentejo Litoral fica em Grândola

O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral vai passar a funcionar, em definitivo, em Grândola, a partir de 1 de Fevereiro, e vai ser liderado por Tiago Bugio, um engenheiro de 39 anos.

No encontro, que decorreu em Grândola e em que participaram autarcas – incluindo o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Vítor Proença – dirigentes da Proteção Civil regional e dos cinco concelhos do Alentejo Litoral, foi anunciado que a nova estrutura irá ter instalações construídas de raiz num terreno disponibilizado pelo município grandolense.

Para firmar o acordo que levará à construção do novo edifício, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, disse que vai reunir-se com o Comandante Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na próxima semana.

Até que as futuras instalações fiquem prontas, a sala a partir de onde vão ser dirigidas as operações de emergência e socorro nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines vai funcionar em instalações provisórias.

Agora, que a estrutura de Proteção Civil vai coincidir com a área geográfica da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, o presidente da CIMAL disse encarar com “grande expetativa” a criação do novo Sub-Comando, que “vem de encontro à unidade territorial” que vai servir.

Até agora, os quatro concelhos do Litoral Alentejano pertencentes ao distrito de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines) integravam a estrutura de emergência e socorro que abrangia todo o distrito. Odemira transita, assim, da estrutura sediada em Beja.

Na sua intervenção, Vítor Proença fez questão de realçar a importância na nova estrutura de Proteção Civil sediada em Grândola, mas salvaguardou que, tal como o Estado central “não pode desresponsabilizar-se de questões como a Saúde ou a Ação Social”, também não o pode fazer em relação ao socorro das populações.

Tiago Bugio, na sua intervenção, referiu os meios de socorro disponíveis no Alentejo Litoral, nomeadamente os dez corpos de bombeiros, mas lamentou que, em relação ao efetivo, “seja praticamente metade” do existente do Norte Alentejano, onde desempenhou funções até agora.

Outra oportunidade que se apresenta para a recém criada estrutura é a possibilidade de, em conjunto com os 10 corpos de bombeiros da região, se equipar com novos meios materiais.

O atual modelo de organização da Proteção Civil resulta de uma decisão governamental de 2019 e integra, além do Comando Nacional, cinco Comandos Regionais – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e os novos 23 Comandos Sub-Regionais, coincidentes com as Comunidades Intermunicipais existentes.

No caso do Alentejo, além do Alentejo Litoral, foram criados os sub-comandos do Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo.

Nos cinco concelhos do Litoral Alentejano existem dez corpos de bombeiros: Alcácer do Sal, Torrão, Grândola, Santiago do Cacém, Alvalade, Cercal do Alentejo, Vila Nova de Santo André, Odemira, Vila Nova de Milfontes e Sines.

Ao todo, prestam socorro a uma população de cerca de 95.000 pessoas dispersas por uma área de 5.308 quilómetros quadrados.