27 Dezembro 2016      15:05

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CIDADÃOS DE PORTALEGRE QUEREM "SALVAR" A FÁBRICA ROBINSON

Ocupa desde 1837 cerca de sete hectares do centro histórico de Portalegre e as suas duas imponentes chaminés marcam indiscutivelmente o perfil da cidade de Portalegre. Falamos da desativada Fábrica Robinson que operou por mais de 170 anos na indústria da cortiça em bruto, até 2009 quando foi declarada a insolvência da Sociedade Corticeira Robinson.

Agora e apesar de classificada de Interesse Público pelo IPPAR mas em estado de abandono, está a mobilizar um grupo de cidadãos que a quer ver recuperada e preservada como património da arqueologia industrial e cuja memória está ligada a "milhares de portalegrenses" e representa "uma das mais significativas referências histórico-culturais de Portalegre, da região do Alentejo e de Portugal, associada ao recurso endógeno da cortiça desde a sua produção no montado de sobro, à sua transformação por processos industriais e utilização nas nossas casas", como se pode ler no texto que sustenta a petição deste grupo de cidadãos, dirigido à Assembleia da República.

Apesar destas preocupações a cidade possui um dia Robinson que envolve habitualmente a autarquia e a Fundação Robinson, cujos instituidores foram então a Sociedade Corticeira Robinson S.A., a Região de Turismo de São Mamede (RTNA), o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e a Câmara Municipal de Portalegre, cuja presidente preside também ao conselho de curadores da Fundação.

A petição Salvem a Robinson! - Património Industrial Corticeiro conta já com mais de 1400 subscrições e sustenta uma conferência de imprensa que está marcada para amanhã em Portalegre.

Imagem de capa de Raúl Ladeira © 2005