28 Novembro 2022      10:08

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Cante alentejano está vivo e “recomenda-se”

Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura

Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, destacou a importância da dimensão intergeracional do cante alentejano, considerando que esta arte polifónica está viva e “recomenda-se”.

O governante falava à agência Lusa a propósito da inauguração de um monumento ao cante alentejano, em Odemira, para assinalar os oito anos da classificação como Património Imaterial da Humanidade deste canto típico da região.

“É um reconhecimento merecido, é um reconhecimento que tem sido apoiado e que tem também correspondido a uma renovação do cante alentejano. Acho que essas duas dimensões, a do reconhecimento da memória e a da renovação, são cruciais para manter o cante vivo”, realçou Pedro Adão e Silva.

Após a inauguração da escultura, da autoria de Fernando Fonseca e que representa um grupo coral de dimensões monumentais, com 12,5 metros de comprimento, seis metros de altura e mais de 14 toneladas de peso, o ministro sublinhou o interesse de ali encontrar “vários destes grupos, já com jovens, muitas crianças [e] muitas mulheres”.

“Há aqui uma transmissão intergeracional, às vezes até mais de avós para netos, saltando uma geração, em que se pode ter perdido um pouco a dinâmica e a energia do cante, mas acho que o cante está vivo e recomenda-se”, disse.

O cante alentejano, canto coletivo sem instrumentos, tornou-se Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 27 de novembro de 2014, na sequência de uma candidatura apresentada pela Câmara de Serpa e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

 

Fotografia de jn.pt