O presépio tradicional é candidato a património imaterial da humanidade, inserido numa candidatura mais abrangente apresentada na UNESCO pela Federação Mundial dos Presépios. Segundo José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, em declarações à agência Ecclesia, trata-se de “um dossier” em andamento que pretende realçar o presépio “nas suas várias caraterísticas nacionais e regionais, muito específicas”.
José António Falcão explicou como tem a diocese de Beja trabalhado nas últimas duas décadas para a preservação das representações do sagrado e manifestações tradicionais de natal, particularmente no Alentejo, onde tem sido feito um levantamento sistemático de peças nas igrejas, em museus e nas famílias.
No caso particular dos presépios, o DPHA tem estado a desenvolver a criação de "oficinas de arte presepística, da arte de construir e montar presépios”, para preservar e passar esta tradição às novas gerações, envolvendo as escolas e as crianças.
“Há terras até que organizam mais de uma centena de presépios, quase um presépio por família como acontece por exemplo em Abela, no Concelho de Santiago do Cacém. E é preciso mobilizar estas pessoas para dar consistência a uma candidatura deste género”, defendeu José António Falcão.
Aquele responsável salienta que a candidatura do presépio tradicional a património imaterial da humanidade é “encabeçada por países como a Alemanha, a Suíça, a Espanha e a Itália, que têm também tradições muito específicas”.
Imagem de capa de igrejadesaofrancisco.pt
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