Já tem mais de 2.000 assinaturas uma petição criada em defesa do Aeroporto de Beja e da criação de acessibilidades desta infraestrutura. O objetivo passa por, segundo os promotores, alcançar as 7.500, de forma a que seja possível levar a petição a discussão na Assembleia da República.
“É importante conseguirmos 7.500 assinaturas ou até 10 mil para que a petição possa ser entregue na Assembleia da República e discutida em plenário”, revelou ontem (22) Manuel Valadas, da plataforma cidadã Sim ao Aeroporto Internacional de Beja, à agência Lusa.
Lançada há duas semanas, a petição “Sim! O Aeroporto de Beja é parte da solução”, promovida pela plataforma cidadã, já foi aceite e registada pelo Serviço de Petições da Assembleia da República.
Incentivando à subscrição da petição, Manuel Valadas defendeu que o objetivo dos promotores passa por “conseguir que o Alentejo, de uma vez por todas, se mostre solidário” com a defesa do Aeroporto e das suas acessibilidades.
“Queremos muito atingir um número de assinaturas consideravelmente importante” de forma a que este documento se torne numa “ferramenta fundamental” para a defesa da infraestrutura aeroportuária alentejana, referiu.
Para além de se exigir nesta petição que o Aeroporto de Beja seja visto como “uma solução”, é também pedida no documento a criação de acessibilidades que possibilitem o funcionamento desta infraestrutura, avançou ainda Manuel Valadas.
“O Aeroporto de Beja não vai funcionar se não tiver a ferrovia, porque não permite chegar em 45 minutos ao Algarve e nem à volta de 50 minutos a Lisboa”, argumentou o responsável.
Na semana passada, a plataforma cidadã reuniu com a Comissão Técnica Independente (CTI), que tem a seu cargo a avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa.
Durante esta reunião, a CTI informou que vai realizar, no final deste mês, uma visita ao aeroporto alentejano de forma a avaliar as suas condições no terreno.
No passado dia 28 de janeiro, a professora Rosário Macário, uma das coordenadoras da CTI, afirmou à Lusa que a lista de possíveis localizações para o novo aeroporto de Lisboa passou também a incluir Beja e Alverca, depois de terem sido propostas à comissão, que as vai agora estudar.
A CTI, formada em finais de 2022, está a dialogar com “todas as entidades com relevância para o assunto” com vista à elaboração de uma série de critérios que “servirão para analisar as várias hipóteses”, esclareceu a professora.
Mais cedo, a plataforma cidadã fez saber, através do seu porta-voz, que fez chegar à CTI um documento, com “mais de 300 páginas”, com vários argumentos que defendem o Aeroporto de Beja como uma “solução sustentável” para Portugal.
Fotografia de dnoticias.pt
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