27 Maio 2021      09:49

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Beja e Portalegre mantêm-se como distritos com combustíveis mais caros

O consumo de gasolina, gasóleo, gás de petróleo liquefeito (GPL) e combustível para aviação aumentou 6,6% em abril, uma subida de 32,35 quilotoneladas (kton) face ao mês anterior, sendo que Beja e Portalegre mantêm-se nos distritos com combustíveis mais caros.

O boletim da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) indica que foram as medidas de desconfinamento as responsáveis pela inversão da trajetória no consumo de derivados do petróleo, dando conta de aumentos em abril de 10,02 kton no “jet” para os aviões, 10,12 kton na gasolina e 18,36 kton no gasóleo, traduzindo respetivamente subidas, face a março, de 43%, 15,6% e 5,1%.

Em contrapartida, o consumo de GPL diminuiu em abril 34,76 kton, menos 15% do que em março.

Os dados, citados pela Lusa, revelam ainda que, comparando com abril do ano passado, o consumo aumentou 65,3% (206,8 kton), refletindo subidas no consumo de jet (300,6%), de gasolina (112,1%) e de gasóleo (61,7%), enquanto o consumo de GPL, em contraciclo, cai 7,7%.

Quanto aos preços praticados em abril, o do gasóleo acompanhou a cotação do mercado internacional, diminuindo 0,2% face março, para 1,414 euros por litro, invertendo a trajetória dos últimos sete meses, destaca a ERSE.

O boletim refere igualmente o aumento, em abril face a março, da componente margem de comercialização do PVP do gasóleo simples, enquanto diz não haver registo de alterações nas componentes “com menor expressão na formulação do preço”, designadamente a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas, com “variações marginais em termos relativos”.

Já o PVP médio da gasolina aumentou 1,4% no mesmo período, para 1,620 euros por litro (gasolina simples 95). O preço médio de venda ao público do GPL Auto também aumentou, em abril face a março, 0,5% para 0,758 euros por litro.

O regulador do setor energético diz ainda que os hipermercados mantiveram as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores “low cost” (de baixo custo).

Braga, Aveiro, Viseu e Santarém, que já em março tinham registado os preços de gasóleo e gasolina mais baixos, voltaram em abril a estar no grupo dos mais baratos, mas agora acompanhados por Castelo Branco, ao passo que Bragança, Beja, Lisboa e Portalegre mantiveram-se como os mais caros.

No preço da garrafa de GPL (butano e propano), Viana do Castelo e Bragança, mas já não Beja, registaram o menor custo em Portugal Continental, enquanto Faro, Lisboa e Coimbra mantiveram os preços mais elevados.