O relatório “Resultados Escolares: Sucesso e Equidade”, publicado recentemente pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), revelou que as escolas da região do Baixo Alentejo obtêm resultados menos positivos quando comparados com as escolas do Norte do país, no que diz respeito aos 1.º, 2.º e 3.º ciclos de ensino.
Em declarações ao jornal Planície, Rui Oliveira, responsável pelo Agrupamento de Escolas de Moura, afirma que “nos primeiros ciclos de ensino, a nossa região, Baixo Alentejo, está em último, atrás de todas as outras. A situação é um bocado preocupante, quer no 1.º ciclo, 2.º e 3.º, embora neste já se aproxime de outras regiões significativamente”.
Contudo, a situação é menos preocupante no ensino secundário: “aí, já não somos a região com os piores resultados, o que eu acredito que seja fruto do trabalho ao longo dos anos que as escolas fazem com os seus alunos”.
À semelhança do estudo, o docente confirmou também que existe uma diferença de resultados entre os alunos carenciados e menos carenciados: “verificámos que acontece o mesmo com os alunos que são carenciados, comparativamente com os alunos que não são. Nota-se que nos 1.ºs anos de escolaridade, os alunos que têm escalão, têm resultados menos bons que os outros. No ensino secundário isso já não acontece”.
Rui Oliveira acredita que esta conclusão “é fruto do trabalho das escolas e dos professores da região, que ao longo dos anos conseguem ir debelando estas desigualdades que existem, sociais e económicas, entre os alunos”.
Apesar dos resultados menos abonatórios para a região, o diretor do Agrupamento de Escolas de Moura destaca que “este estudo demonstra a importância da educação numa região como a nossa, porque somos uma região que, económica e socialmente, tem poucas oportunidades de emprego, indústria e cultura. A escola, com o seu trabalho e educação, vai conseguindo combater, na medida do possível, essa desigualdade”.