16 Fevereiro 2021      10:58

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Ausência de bloco de rega em Moura prejudica agricultores

A seca que se fez sentir nos últimos anos no Alentejo prejudicou o olival de sequeiro no concelho de Moura. Para mais, o facto de o Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja não estar construído tem contribuído para esta situação de stress hídrico.

Em declarações à Planície, o olivicultor e presidente da Cooperativa Agrícola Moura Barrancos, José Duarte, afirmou que “em relação ao ano agrícola, nós tivemos um verão muito longo, com muitos dias com temperaturas elevadas, o que fez com que os nossos olivais, que são maioritariamente de sequeiro, entrassem em stress hídrico. Como consequência disso, tiveram uma produção de azeitona muito baixa”.

Além disso, o responsável acrescentou também que, “em relação à chuva, tivemos no início da campanha da azeitona, em novembro, alguns dias de chuva, que associamos também a dias com temperaturas altas, que fez com que houvesse uma deterioração do fruto. Uma das consequências foi a perda ou a quebra de qualidade da azeitona e consequentemente do azeite”.

Já “em relação à Barragem, o facto de nós não termos no concelho de Moura, ainda, a construção do Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja, acaba por nos prejudicar um pouco em anos de sequeiro. Foi o que nos aconteceu no ano passado. Com uma seca muito grande, tivemos uma quebra nos nossos olivais tradicionais. Era importante que as instituições com responsabilidade, também demonstrassem o desagrado em relação ao atraso na construção do Bloco de Rega, que foi há cerca de 2 anos e meio, anunciado pelo Ministro da Agricultura de então Capoulas Santos”.

Sobre a próxima campanha, José Duarte adianta que “a chuva que está a cair nos olivais de sequeiro, vai ter um impacto positivo na produção da próxima campanha. Prevê-se que para o ano tenhamos uma boa produção nos nossos olivais tradicionais de sequeiro”.

 

Fotografia de edia.pt