19 Agosto 2020      11:07

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Associação de Agricultores do Sul envia propostas de Recuperação Económica

A Associação de Agricultores do Sul (ACOS), com sede em Beja, apresentou várias propostas estratégicas nas áreas da floresta, regadio, agropecuária, ambiente e alterações climáticas no âmbito do processo de discussão pública da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, elaborado por António Costa da Silva.

De acordo com o Correio Alentejo, a associação propôs, no setor das florestas, “a definição de estratégias específicas na área do ecossistema montado que revertam o declínio a ele associado, agravado pelo impacto das alterações climáticas tendo em conta a importância económica, social e ambiental deste ecossistema e a multiplicidade de atividades e produtos daí provenientes”.

Quanto à exploração do espaço Hinterland Ibérico, proposto no plano, a entidade propõe “a criação de um grande cluster agroalimentar do Sul”. Segundo a ACOS, “este deverá abranger as culturas do regadio do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, as culturas hortofrutícolas do Litoral Alentejano e do Algarve e a grande diversidade de produtos de origem animal, de elevada qualidade, oriundos da pecuária extensiva desta vasta região do Sul de Portugal”.

A associação defende ainda que, “para reforçar o conceito deste espaço geoeconómico, e para uma efetiva aproximação às regiões transfronteiriças da Andaluzia e Extremadura, torna-se essencial o aproveitamento e a viabilização de acessibilidades e infraestruturas de transporte, existentes e a desenvolver, designadamente, o aeroporto de Beja, a ferrovia e a rodovia”.

Já no que diz respeito ao regadio, a entidade de Beja realça a importância de “contemplar alguns investimentos em mais estruturas de captação/retenção de água, aumento do volume de alguns reservatórios do sistema e abordar a construção de nova/novas barragens para fins ecológicos, designadamente para garantir o caudal do rio Guadiana”.

Relativamente ao combate à desertificação e à mitigação das alterações climáticas, a ACOS recomenda “a construção de reservatórios de água geograficamente distribuídos por toda a região Sul do País, que evitem o desperdício para o mar e funcionem não só como garante de abastecimento às populações, mas também para a agricultura e pecuária”.