9 Julho 2021      10:45

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Artistas e criativos estão a “transportar arte” para freguesias de Évora

Um total de 23 artistas e criativos está a “transportar arte” para seis freguesias do concelho de Évora, a maioria rurais, através a dinamização de oficinas, para a tornar “acessível a todos”, adianta a Lusa.

De acordo com a coordenadora do projeto, Rita Piteira, “são artistas de várias áreas criativas que se propõem a transportar arte e a gerar acesso em territórios onde ela não chega com tanta facilidade”.

Organizado pela Capote – Associação Cultural e pela Câmara Municipal de Évora, o projeto, denominado “Portadores de Arte”, arrancou em junho deste ano, depois do lançamento da convocatória e seleção dos artistas, e prolonga-se até agosto.

Com 23 artistas, a iniciativa está a promover oficinas e dinâmicas artísticas nas freguesias rurais da Graça do Divor, São Sebastião da Giesteira e Boa-Fé, Tourega e Guadalupe e São Miguel de Machede, e nas urbanas de Bacelo e Senhora da Saúde e Canaviais.

Segundo Rita Piteira, após a seleção dos artistas e formação das equipas, “foi feito um trabalho de campo, de auscultação e proximidade com os vários agentes e entidades locais” para determinar que “oficinas iam ser dinamizadas com as comunidades”.

“A ideia foi cruzar as várias áreas artísticas para não ser só uma oficina de teatro ou de dança e haver uma fusão e, antes de as oficinas começarem, foram feitas ações para apresentar o projeto e suscitar interesse na comunidade”, disse a responsável.

A coordenadora do projeto adiantou ainda que “os processos criativos” da primeira fase do “Portadores de Arte” devem ficar concluídos em agosto, mas disse esperar que a iniciativa tenha “continuidade” e “transite para 2022”.

“Em São Miguel de Machede, temos uma oficina de barro e de histórias”, e a respetiva equipa de “portadores de arte” propôs “criar uma aldeia de barro humanizada com as histórias da própria aldeia”, exemplificou.

Já a equipa de “portadores de arte” em Guadalupe está a dinamizar uma oficina de música, teatro e artes visuais com os utentes do centro de dia e, ao mesmo tempo, está a “recolher o património oral” destes idosos.

Segundo a Capote, com as oficinas criativas e dinâmicas artísticas, estão a ser desenvolvidos projetos onde “são explorados e cruzados diversos temas do contexto artístico, cultural, social e ambiental, através do teatro, dança, música, artes visuais, ofícios, saberes e tradições”.

“Transversalmente, existe uma equipa a fazer o registo fotográfico, sonoro e audiovisual do projeto, contribuindo para a preservação do património cultural imaterial”, acrescentou esta associação cultural.

Entre outros objetivos, o projeto quer “ir ao encontro da comunidade, do território e da sua identidade, promover a participação e o acesso à arte de forma equitativa, inclusiva e regular através da prática artística e cultural”.

 

Fotografia de facebook.com