5 Julho 2019      11:56

Está aqui

Artes À Rua em Évora vai custar meio milhão de euros

O Município apresenta-o com um não festival. Falamos no Artes À Rua, que vai durar dois meses com espetáculos diários pelas ruas e praças da Cidade de Évora, de artistas vindos de 14 países e que vai custar aos cofres da Câmara qualquer coisa como meio milhão de euros.

O evento decorre entre 13 de Julho e 5 de Setembro e inclui música, artes plásticas, fotografia e performance e pretende diversificar-se e internacionalizar-se, no âmbito da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura.

Segundo Eduardo Luciano, vereador da Cultura, o Artes à Rua "irá contribuir para a afirmação de Évora como cidade de cultura, olhando para o futuro sem perder a memória do passado, bem preservada no valioso património que ostenta".

A cantora e compositora irlandesa Sharon Shannon; a sua congénere norte-americana Madeleine Peyroux, a artista francófona originária do Haiti, Moonlight Benjamin; o icónico Chico César, do Brasil; a dupla Martirio e Chano Dominguez, de Espanha; ou o português Manel Cruz são apenas alguns dos nomes que este ano atuam no festival.

As novas criações são uma das suas prioridades. No Artes à Rua vão estrear-se trabalhos de: Omiri, com “Alentejo Volume 1 Évora”; das Mulheres de Palavra, projeto criado de raiz, e propositadamente, que junta as cantoras Uxia, Mynda Guevara, Mara e Emmy Curl ao grupo eborense Vozes do Imaginário; da produção Mar-Planície que, mediante textos do escritor José Luís Peixoto, agrega os artistas Carlos Martins, o Grupo de Cantares de Évora, João Paulo Esteves da Silva, Mário Delgado, Carlos Barreto, Alexandre Frazão, Manuel Linhares, Joana Guerra e José Manuel Rodrigues; e a Ópera Geraldo e Samira, com música de Amílcar Vasques Dias, encenada por F. Pedro Oliveira, com a participação de Nélia Pinheiro, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, e de grandes vozes líricas nacionais e internacionais, como Marco Alves dos Santos ou Natasa Sibalic, de uma orquestra, do Coro Eborae Musica e de outros instrumentistas, bailarinos e cantores.

Adicionalmente, à semelhança dos dois anos anteriores, e no que se refere a novas criações, mas de artistas locais ou com residência em Évora, também em 2019, o Artes à Rua abriu uma chamada para estes criadores. Desta resultaram mais de 40 propostas, protagonizadas por mais de 100 artistas, as quais integram também a programação geral do festival.

Este ano, uma das opções de programação contempla ainda o público infantil e familiar. O espetáculo Canções de Roda, com Ana Bacalhau, Jorge Benvinda, Sérgio Godinho e Vitorino, é uma das propostas selecionadas neste sentido, havendo outras ofertas que passam pelo teatro e pela música para estes públicos em especial.

A sua programação é assim transversal, vai desde a animação de rua, cinema, circo, dança, escultura, fotografia, literatura, música - nas suas vertentes de clássica, jazz, hip hop, rock, etc. -, teatro, ópera, entre outros domínios artísticos. Todos resultantes em espetáculos, produções e encontros em vários espaços públicos da cidade, ao ar livre, e gratuitos. E nos vários palcos, montados pela cidade,

E todo o programa está agrupado por ciclos e/ou outros festivais e por extensões de festivais. No primeiro caso estão o Transiberia Mundi, o Guitarras Ao Alto, o FIME, a Música Portuguesa a Gostar Dela Própria ou O Bairro, este um festival de hip hop. Em extensões de festivais a que o “Artes à Rua” se associa surgem o Ev.Ex, que traz a música e a poesia experimental à cidade; o Festival Cister Música, de Alcobaça; o Lisbon Music Fest ou o Ethno Portugal, da Associação Pé de Xumbo.