19 Junho 2020      10:45

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Arado

Por Ricardo Jorge Claudino

 

ARADO

Arar, fertilidade mútua

De quem semeia

O que a terra dá

Genuína permuta.

 

Abençoado arado

Dentes enxadas

Rompendo veios

Colheita do chão sagrado.

 

É urgente deixar;

Voltar os olhos

Para a terra,

A mudança,

A lembrança,

O fruto,

O corpo mais próximo

Das nossas próprias mãos:

— Ó arado, dá o mote

E por favor dai-nos a sorte

De trabalhar e sermos sãos!

 

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Ricardo Jorge Claudino nasceu em Faro em 1985. Actualmente reside em Lisboa. Mas é Alentejo que respira, por inigualável paz, e pelos seus antepassados que são do concelho de Reguengos de Monsaraz. Licenciado em Engenharia Informática e mestre em Informação e Sistemas Empresariais pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Exerce desde 2001 a profissão de programador informático.Também exerce desde que é gente o pensamento de poeta.

Imagem de capa de caminhosdofuturo.com