20 Maio 2021      10:21

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Antiga fábrica em Arraiolos transforma-se em centro de cultura e arte

O edifício de uma antiga fábrica de massas alimentícias, localizado na periferia de Arraiolos, vai ser transformado em centro de exposições, onde cultura e arte se vão juntar ao design, adianta a Lusa.

Mário Domingues, responsável pelo projeto, afirma que “não tem a dimensão da ‘Lx Factory’, mas, pela sua dimensão para Arraiolos, faz sentido esta comparação”, porque este novo espaço “é cultura, é design”.

A criação deste espaço é da responsabilidade da E-Panther, marca integrada na empresa Aliança 7040, que já possui neste concelho um serviço de aluguer de bicicletas híbridas da marca alemã Riese & Müller e uma rede de parques de estacionamento para estes veículos.

Mário Domingues, diretor executivo da E-Panther, lembrou que a atividade “começou com as bicicletas elétricas”, sublinhando que a marca tem igualmente “uma paixão por cultura e acha que a cultura e a arte podem valorizar os territórios”.

Assim, “a missão da E-Panther é valorizar territórios” e levar “o futuro a territórios mais esquecidos nas últimas décadas”, destacou.

Fundada em 1925, a fábrica de massas alimentícias Aliança, na periferia de Arraiolos, foi desativada há várias décadas e, entretanto, teve “outras vidas”, como local de “armazenamento e descasque de cereais e até queijaria”, contou Mário Domingues.

Contudo, há cerca de dois anos, o imóvel foi adquirido pela empresa, e vai “renascer” como Nave de Design da E-Panther, no próximo sábado, com a inauguração de três exposições.

Esculturas em metal reciclado da autoria de João Concha, a instalação denominada “Pink Punk”, de Bruno Pereira, e “Fábrica Aliança”, com fotografias a preto e branco de Jorge Simão, são as mostras que inauguram o espaço.

Com curadoria do designer Henrique Leitão, a Nave de Design da E-Panter vai contar ainda com uma área dedicada à cartografia nacional.

“Vamos fazer essa inauguração com aquilo que queremos que aconteça, pelo menos duas vezes por mês”, durante a época alta, que “são dias imersivos na exposição”, frisou Mário Domingues, adiantando que haverá “sempre elementos surpresa”.

Segundo o responsável, o programa para estes “dias imersivos” será composto “por almoço e prova de vinhos”, e haverá “os tais elementos surpresa”, com a participação de um músico ou de um ator.

“Queremos que estes dias imersivos sejam uma experiência completamente disruptiva”, assumiu o responsável.

A inauguração das exposições vai contar com a presença de chefes de cozinha, músicos, cantores, fotógrafos, críticos e jornalistas, os quais, em conjunto, irão cozinhar, tocar, cantar, escrever e fotografar ao longo do fim de semana.