2 Abril 2022      13:46

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Barragens de Alvito e do Pisão são "catastróficas", alertam ambientalistas

A denúncia é feita no dia em que arranca da Figueira da Foz a "Caravana pela Justiça Climática 2022" e que até 16 de abril vai cumprir mais de 400 quilómetros para debater problemas como a desertificação, incêndios e seca.

A organização, numa nota enviada à agência Lusa, afirma que perante a crise climática atual e em situação de seca e desertificação de algumas zonas do país, “é preciso agir” o quanto antes.

Segundo a organização, a iniciativa conta com a participação das associações Acréscimo, Basta de Crimes Ambientais, Casa de Pedrógão Grande, Climáximo, Colinas do Tejo, EcoCartaxo, EcoMood Portugal, Movimento Urânio em Nisa Não, Movimento Ecologista do Vale de Santarém, Movimento Cívico Ar Puro e ProTejo.

A Associação Reforma Florestal Já!, Pólen, TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo, Movimento Ibérico Antinuclear, Loving the Planet, Greve Climática Estudantil, Gravito Healing and Retreat Centre, Flying Sharks, ClimAção Centro, APECE, Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG) e Associação de Pais do AE de Pedrógão Grande também integram a caravana.

“A crise climática e da biodiversidade é o tempo das nossas vidas. Enquanto empresas e governos repetem fórmulas esgotadas para políticas insuficientes, a degradação do clima destrói o nosso futuro coletivo. As cheias, secas, tempestades fora de época, subida do nível médio dos oceanos, incêndios florestais, perda irreversível da biodiversidade e degradação do ar, dos solos e das massas de água são a consequência direta de escolhas deliberadas tomadas nas últimas décadas pelo aparelho produtivo e pelo poder político a nível global”, afirmam as organizações em comunicado. “Apelamos por isso a todos os movimentos e organizações que se revejam na luta por um futuro digno a que se juntem a nós, transformando a Caravana pela Justiça Climática num momento histórico”

A organização diz ainda que “serão apontados alguns dos principais responsáveis pela crise climática em Portugal (acusando nomeadamente a Navigator Company, Trustenergy, Celbi, CIMPOR e Celtejo), com a denúncia do avanço de projetos e infraestruturas catastróficas, como as barragens de Alvito no rio Ocreza e do Pisão e o Projeto Tejo, que propõe um novo ‘Alqueva do Tejo’".

Imagem de capa de Ambiente Magazine