25 Abril 2025      10:24

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Aljustrel cria rota turística para “ligar” a mina ao vinho da talha

Está a ser criada no concelho de Aljustrel uma rota turística que associa o património mineiro ao tradicional vinho da talha, com o objetivo de dar origem a “novos pontos de interesse e de atenção” neste município alentejano.

Esta rota intitula-se “Da Mina ao Vinho da Talha” e é um projeto da Câmara Municipal de Aljustrel, através do Parque Mineiro, que pretende “preservar um produto ímpar e que é característico” do concelho, o vinho da talha, que está “a ser candidatado a Património Imaterial da Humanidade”, divulgou o município, através de comunicado, citado pela Rádio Pax e pela agência Lusa.

“Esta rota baseia-se, precisamente, no princípio de aliar produtos que nos definem, promovendo e preservando patrimónios que, em conjunto, só podem ser apreciados neste território”, afirmou, em declarações à Lusa, o coordenador do Turismo no município de Aljustrel, Marcos Aguiar.

De acordo com o responsável, unir o património mineiro ao vinho da talha “é dar continuidade à estratégia de valorizar cada vez mais o que distingue” o concelho, “criando produtos turísticos únicos” e através de “experiências que acrescentam”.

A nova rota turística, que conta com o apoio e com a colaboração da Junta de Freguesia de Ervidel, está a ser estruturada com os produtores de vinho da talha do concelho.

“Só em conjunto se pode criar uma rota que mostre todos os aspetos destes dois patrimónios”, explicou.

O projeto tem ainda como objetivo “dar força” à candidatura do vinho da talha a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que junta várias entidades da região.

A expectativa é a de que esta futura rota esteja disponível no “próximo verão”, de forma a que quem visite o concelho “possa ficar a conhecer todo o processo de vinificação, desde o campo ao consumidor, passando pela ancestral talha”, avançou Marcos Aguiar.

“Estamos a trabalhar nesse sentido e acreditamos que há um público cada vez mais interessado em conhecer todas as vertentes do território”, sublinhou.

O responsável defendeu ainda que, através desta rota, torna-se possível “preservar estes patrimónios” e destacar a “sua importância, do ponto de vista cultural, mas também económico e social”.

“É precisamente essa consciência que nos faz avançar para algo que pode tornar-se num ativo ao serviço do concelho, mas sobretudo das pessoas que o habitam”, considerou, acrescentando ainda que este produto pode também “alavancar a economia” de Aljustrel.

“Esta rota também assenta muito numa estratégia que estamos a desenvolver de descentralização do turismo, levando-o da sede de concelho às freguesias, mostrando todas as potencialidades”, concluiu.

 

Fotografia de distribuicaohoje.com