A Tekever, empresa sediada em Ponte de Sor, anunciou que acaba de atingir uma avaliação de mais de 1,2 milhões de euros, juntando-se, assim, ao clube dos “unicórnios” com drones que já foram usados na Ucrânia.
Segundo o jornal ECO, a empresa recebeu uma nova ronda de financiamento, cujo valor não foi divulgado, subscrita pelos atuais investidores, incluindo o líder de ronda Ventura Capital, Baillie Gifford, o NATO Innovation Fund (NIF), Iberis Capital e Crescent Cove.
“Este marco cimenta a Tekever como um líder nas Deftech e alimenta a sua contínua expansão na Europa, à medida que a companhia persegue a liderança global na defesa e segurança impulsionada pela IA”, pode ler-se em comunicado.
De acordo com Ricardo Mendes, CEO da Tekever, “o futuro da Europa depende de mais do que apenas o aumento das despesas com defesa; precisamos de transformar a nossa base industrial e ser mais inteligentes nos investimentos.”
“A Europa enfrenta um enorme desafio de segurança. Dado o momento geopolítico, a arquitetura de segurança europeia está a ser redesenhada, e a Europa precisa de companhias com raízes na IA e autonomia, que trabalhem com escala e que possam inovar a ritmo acelerado… e precisa delas agora”, disse ainda o fundador.
O anúncio desta nova ronda de investimento surge após a notícia de que a Tekever se prepara para investir 400 milhões de libras (cerca de 470 milhões de euros) em cinco anos no Reino Unido, levando à criação de 1.000 postos de trabalho no país, mercado onde a Tekever tem uma unidade de produção.
O anúncio surge no rescaldo de um contrato fechado entre a empresa e a Royal Airforce (RAF) para o fornecimento de drones.
Com operações em seis países europeus – possuindo centros de engenharia no Reino Unido, Portugal e França, instalações de produção em vários mercados e equipas de apoio operacional em toda a Europa –, além da RAF, a empresa fechou, em novembro do ano passado, um contrato de cerca de cinco milhões de euros com o Governo espanhol para a entrega, entre 2024 e 2025, de drones para patrulhar fronteiras terrestres e marítimas.
A empresa liderada por Ricardo Mendes também fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.
A sua última ronda, tinha sido em novembro, altura em que levantou 70 milhões de euros junto de vários fundos, entre os quais o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da NATO.
Fotografia de expresso.pt