20 Dezembro 2022      09:40

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Alentejo foi a região com mais população inativa em 2021

Em 2021, as taxas mais elevadas de população inativa foram registadas no Alentejo, nos Açores e em Lisboa, onde houve registo de mais de 110 pessoas inativas por cada 100 empregadas, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os Anuários Estatísticos Regionais do INE, citados pela Lusa, em 2021, a população inativa de Portugal era constituída por, aproximadamente, 5,1 milhões de pessoas, havendo 106,6 indivíduos inativos por 100 empregados. Este rácio, adianta ainda o documento que foi conhecido ontem, teve uma diminuição em relação a 2020, ano em que o valor se fixou nos 112,2.

As regiões que, no ano passado, apresentaram uma taxa superior à taxa nacional foram o Alentejo (111,7), os Açores e Lisboa (111,5) e o Centro (107,9).

Já o Algarve (105,1), a Madeira (104,9) e o Norte (101,2) foram as regiões que ficaram abaixo da média nacional.

A taxa de desemprego passou de 7,0% em 2020 para 6,6% no ano passado. O Centro (5,8%) foi a única região a apresentar uma percentagem mais baixa do que a média do país, enquanto os valores mais altos foram registados no Algarve (8,2%) e na Madeira (7,9%).

Na secção referente à Construção e Habitação, o INE notou que foram, em 2021, terminados 19.081 fogos e licenciados 28.508 em construções novas e familiares, o que significa que houve um rácio de 149,4 fogos licenciados por fogos concluídos.

“A relação entre o número de fogos licenciados e concluídos em construções novas para habitação familiar – indicador que pretende medir a potencial oferta futura de nova habitação – registou uma ligeira diminuição em 2021 comparativamente a 2020 (150,1)”, salientou o INE.

Os alojamentos familiares tiveram um preço mediano de 1.297 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 9,0% em relação a 2020. Acima da média do país, encontravam-se o Algarve (2.000/metro quadrado), Lisboa (1.813), Madeira (1.436) e Porto (1.370).

O valor mais alto por metro quadrado (3.531 euros) foi apresentado pelo município de Lisboa.

As casas adquiridas por compradores com domicílio fiscal em Portugal tiveram um preço mediano de 1.273 euros por metro quadrado, valor que, no caso dos compradores com domicílio fiscal no estrangeiro, subiu para 2.105 euros.

Fazendo uma análise a nível internacional, 1.788 euros por metro quadrado foi a mediana entre compradores da União Europeia. Entre compradores dos restantes países, este valor foi de 2.565 euros por metro quadrado.

Na área da educação, ficou a saber-se que foi registada uma subida de 0,2 pontos percentuais na taxa de transição/conclusão no ensino secundário, que ficou em 91,7%, “mantendo a tendência de melhoria registada desde 2011/2012”.

O Norte, com 94,3%, e o Centro, com 91,8%, ficaram acima dos números regionais de 2020/2021. Já as regiões que, comparativamente, apresentaram “menores taxas de transição/conclusão neste nível de ensino” foram os Açores, com 87,2%, o Algarve, com 88,7% e Lisboa, com 88,9%.

Os cursos científico-humanísticos apresentaram, em todas as regiões, melhores taxas de transição/conclusão do que os cursos tecnológicos e profissionais.

No que respeita ao ensino superior, dos 433.217 alunos inscritos, a grande maioria (aproximadamente 81%) encontrava-se no ensino superior público, tendo-se registado uma subida de 5,2% no total comparativamente ao ano letivo transato. 

No que respeita à participação política, a taxa de abstenção registada nas eleições legislativas de 30 de janeiro deste ano foi de 48,6%, valor inferior ao registado em 2019, que tinha ficado nos 51,4%. A taxa de abstenção mais baixa foi registada em Lisboa, com 39,3%, enquanto os Açores (63,3%), a Madeira (50,4%) e o Algarve (48,7%) apresentaram os valores mais elevados.