A denúncia partiu ontem da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) que descobriu que antes mesmo da consulta pública acerca da exploração de petróleo na Costa Alentejana e no Algarve, já o consórcio que detém a licença de exploração, composto pela ENI-Galp havia contratado uma empresa que se instalou no Porto de Sines e cuja missão é apoiar a prospecção de petróleo.
A associação ambientalista coloca assim em causa a validade da consulta pública feita pelo Governo, que foi feita depois desta contratação e que, segundo a PALP, foi feita em maio de 2016, numa altura em que "não existia qualquer título para prospeção de petróleo”.
Recordamos que a PALP apresentou em junho uma providência cautelar contra a emissão desse título de prospeção.
Para a PALP o consórcio ENI-Galp e o Governo agiram como se não importasse qual o resultado da consulta pública que acabou por rejeitar o licenciamento daquela prospecção, embora a autorização do governo à prospecção tenha sido dada ao consórcio.
A PALP, que agrupa cidadãos e duas dezenas de associações ambientistas considerou a situação “muito grave” e que as consultas públicas devem ser "levadas a sério".
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