15 Setembro 2020      09:05

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Alentejo é palco do Festival Terras sem Sombra entre outubro e dezembro

A 16.ª edição do Festival Terras sem Sombra, que foi interrompida em março devido à covid-19, vai ser retomada em outubro, em vários concelhos do Alentejo, para mais sete fins de semana com concertos e ações sobre património e biodiversidade, anunciou a organização.

Na sequência da interrupção, a edição deste ano foi “reajustada” e vai “regressar ao convívio com o público e ao seu palco natural, o Alentejo”, no fim de semana prolongado de 3, 4 e 5 de outubro, em Castelo de Vide, distrito de Portalegre. Ainda de acordo com a organização, citada pela Lusa, o festival vai também passar pelos concelhos de Ferreira do Alentejo, Viana do Alentejo, Vila Nova de Mil Fontes, Santiago do Cacém, Alter do Chão e Sines, onde deverá terminar no dia 13 de dezembro com uma ação de salvaguarda de biodiversidade.

O festival vai manter “a sua tríplice dimensão, com música, património e biodiversidade”, mas irá adaptar os concertos e as ações “às normas e aos procedimentos que o momento delicado” de pandemia de covid-19 “exige”, e as participações nas atividades estarão sujeitas a inscrição prévia, refere a organização em comunicado.

Sara Fonseca, diretora-executiva do Terras sem Sombra, disse à Lusa que “o festival e os seus parceiros vão respeitar estritamente a legislação em vigor” devido à pandemia, e que “contamos com a empatia e a serenidade do público para algumas pequenas adaptações, que certamente será necessário introduzir, mas que não comprometem o essencial do Terras sem Sombra”.

Em Castelo de Vide, o festival vai organizar dois concertos: um, dos músicos António Eustáquio (guitolão) e Carlos Barretto (contrabaixo), no dia 3, na Fonte da Vila; e, outro, do belga Utopia Ensemble, no dia 4, na igreja matriz de Nossa Senhora da Devesa, sempre a partir das 21:30.

Já nas vertentes de património e salvaguarda da biodiversidade, o festival vai incluir, também em Castelo de Vide, leituras no Jardim Mestre Ventura Porfírio, degustação de produtos regionais e atividades para crianças, no dia 3; a iniciativa “De Volta a Casa: Memórias Judaicas de Castelo de Vide”, no dia 4, e o passeio “Um Alentejo Diferente: A Serra de São Mamede”, no dia 5.

Em Ferreira do Alentejo, no dia 17 de outubro, o evento contempla os concertos da soprano Andion Fernandez e do pianista Alberto Urroz, assim como de La Ritirata, no dia 31, na igreja matriz de Nossa Senhora da Assunção, na vila de Viana do Alentejo. Em novembro, seguem-se os concertos do ensemble checo Musica Florea, no dia 7, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira; e do Smetana Trio, “o mais destacado ensemble camerístico da República Checa”, no dia 21, na igreja matriz de Santiago Maior, em Santiago do Cacém.

Para dezembro estão previstos os concertos do grupo vocal de música portuguesa dos séculos XVI e XVII Os Cupertinos, no dia 5, na igreja do Convento de Santo António, em Alter do Chão, e do quarteto checo Clarinet Factory, no dia 12, no castelo de Sines.

É de notar que o 16.º Festival Terras sem Sombra é organizado pela associação Pedra Angular, com o título “Uma Breve Eternidade: Emoções e Comoções na Música Europeia (Séculos XII-XXI)”, e tem a República Checa como país convidado. Começou em janeiro e deveria ter decorrido até final do passado mês de julho, em 15 concelhos do Alentejo. No entanto, devido à covid-19, o festival foi interrompido depois de se terem realizado as iniciativas programadas para os meses de janeiro e fevereiro deste ano, nomeadamente ações em Praga, a capital da República Checa, e concertos e ações sobre património e salvaguarda da biodiversidade nos concelhos de Vidigueira, Barrancos, Mértola e Arraiolos.