O Centro Académico Clínico do Alentejo (C-TRAIL) é o novo projeto de um consórcio que pretende empenhar médicos, professores, investigadores e estudantes no objetivo comum de prestar melhores cuidados de saúde às populações da região alentejana, e cuja criação acaba de ser publicada em Diário da República.
De acordo com a Universidade de Évora (UÉ), este consórcio é formado pela UÉ, pelo Instituto Politécnico de Portalegre, pelo Instituto Politécnico de Beja, pela Administração Regional de Saúde do Alentejo, pelo Hospital do Espírito Santo de Évora e pelas Unidades Locais de Saúde do Norte Alentejano, do Litoral Alentejano e do Baixo Alentejo.
Em comunicado, é adiantado que este Centro Académico Clínico representa “uma das formas de organização mais promissoras de estruturas integradas de assistência, ensino e investigação em saúde, tendo como principal objetivo o avanço e a aplicação do conhecimento e da evidência científica para a melhoria dos cuidados prestados à população”.
Ana Costas Freitas, reitora da UÉ, mostrou-se “bastante satisfeita” pela formalização deste “ambicioso projeto” e recorda que a Universidade de Évora oferece várias formações na área das Ciências da Vida e das Ciências da Saúde, bem como Engenharias e Gestão, cuja aprovação do Centro Académico Clínico irá “de forma decisiva impulsionar a Escola de Saúde de Desenvolvimento Humano a curto prazo, e a médio prazo, estar na linha da frente no que ao curso de medicina diz respeito”, um dos objetivos estratégicos declarados e desejados “não apenas pela Universidade de Évora mas de toda a região Alentejo”.
Entre os objetivos do C-TRAIL destaca-se o desenvolvimento da dimensão académica e da qualificação nas áreas das ciências biomédicas, médicas, engenharia biomédica, saúde pública, políticas de saúde, economia, gestão, ciências e tecnologias da saúde, robótica e enfermagem envolvendo os profissionais hospitalares e dos cuidados de saúde primários, continuados integrados e paliativos.
Além disso, a iniciativa visa “o desenvolvimento de projetos colaborativos de investigação com reforço da cooperação nacional e internacional, desenvolvendo ao máximo as oportunidades oferecidas pela participação dos seus membros em redes de investigação nacionais e internacionais e em redes de saúde locais focadas na promoção da qualidade de vida”.
É ainda destacado o desenvolvimento e a colaboração ativa com o “laboratório colaborativo” já existente, de forma a “estimular o desenvolvimento de novas práticas de investigação e respetiva aplicabilidade, a promover novas práticas no ensino e a estimular o emprego qualificado e científico para a prática da investigação clínica e de translação, assim como para ensaios clínicos e outras atividades de inovação biomédica”.
A mesma fonte adianta também que a Universidade da Extremadura e a Junta do Governo Autónomo da Extremadura Espanhola têm-se igualmente juntado ao diálogo, “no sentido da modernização dos seus serviços e programas de ensino e investigação e na coordenação entre as suas várias áreas de atuação e intervenção”.
Fotografia de vidarural.pt