10 Julho 2020      10:17

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Aldeia de turismo em Borba vai reabrir em julho com novidades

A aldeia de São Gregório, em Rio de Moinhos, Borba, vai reabrir com novidades na segunda quinzena de julho, depois de ter estado fechada um ano e meio. A reabertura estava prevista para a Páscoa, mas foi adiada devido à pandemia.

Abandonada durante muitos anos, a aldeia foi comprada por uma família e transformada em 1998 para receber turistas, tornando-se o primeiro turismo de aldeia de Portugal. O complexo foi dividido a meio, e seis das 12 casas estão agora desativadas. No entanto, Salvador Kadosh, responsável pela exploração da Aldeia de São Gregório, foca todos os esforços na outra metade do complexo.

“Quando vim cá pela primeira vez percebi logo que estava aqui uma pérola. A sensação que tive foi a de que era um lugar lindíssimo, mas um pouco abandonado. O potencial estava lá e foi amor à primeira vista”, disse, em declarações à NiT.

A remodelação do espaço focou-se no interior das casas, uma vez que era necessário torná-las mais confortáveis ao mesmo tempo que se mantinha o ambiente rústico das tradicionais casas alentejanas de aldeia. Também de acordo com o responsável, parte da mudança está igualmente relacionada com a estratégia comercial, sendo um dos objetivos atrair mais visitantes na época baixa. O inverno rigoroso do interior requer outros elementos para combater o frio e a chuva, e é necessário planear para que os hóspedes troquem a piscina por “serões à lareira”.

Salvador Kadosh explica que “o maior investimento foi feito nestas divisões [cozinhas e salas] sem que nenhuma parede tenha sido removida ou acrescentada. Mantivemos a traça original, tipicamente alentejana. Por fora é uma aldeia do século XVI, por dentro é toda uma outra coisa”.

Na praça da aldeia, o responsável pretende juntar os visitantes para que convivam, sendo possível reservar um almoço ou jantar ao ar livre. À mesa há petiscos locais, das migas à carne de porco alentejana.

Num outro terreno, além da fronteira da aldeia, encontra-se a piscina, onde também irá nascer uma nova casa. De traça típica, terá ainda uma azenha no meio da sala. A sua conclusão está prevista para o final do ano.

De acordo com Salvador, há cinco casas disponíveis para alugar. A mais pequena tem apenas um quarto e capacidade máxima para duas pessoas e uma criança. As restantes têm dois quartos e uma capacidade máxima de cinco hóspedes, um limite que pode ser flexibilizado, mas “à custa de algum conforto”.

Todas elas estão equipadas com cozinha, casa de banho, aquecimento central, lareira, televisão e wi-fi.