20 Outubro 2022      09:50

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Aernnova criou 120 novos postos de trabalho e prevê mais 200 em 2023

A Aernnova já criou 120 novos postos de trabalho nas fábricas da cidade de Évora, que foram compradas à fabricante brasileira Embraer. A empresa prevê ainda, segundo o Presidente da Câmara Municipal,  criar mais 200 postos de trabalho em 2023.

“Informaram-me que já aumentaram o número de postos de trabalho nestes últimos meses, passando de 430 para cerca de 550”, informou Carlos Pinto de Sá, presidente do município, em reunião pública de Câmara, de acordo com a agência Lusa.

O presidente avançou também que já se reuniu com os responsáveis da empresa aeronáutica espanhola e que os 200 novos postos de trabalho previstos surgem na sequência da vontade da Aernnova de aumentar a produção e de diversificar a atividade das duas unidades do Alentejo, referindo ainda que este encontro “abriu excelentes perspetivas de colaboração” entre a empresa e o município.

Tal como referido anteriormente, estas informações foram divulgadas por Carlos Pinto de Sá durante uma reunião camarária, que aconteceu no mesmo dia em que foi feita a apresentação, em Beja, da primeira de cinco aeronaves KC-390 da Força Aérea Portuguesa. Estas aeronaves foram construídas pela Embraer, antiga proprietária das fábricas de Évora, onde foram produzidas algumas das peças utilizadas nestes novos aviões.

Carlos Pinto de Sá fez ainda uma referência a outras empresas com unidades fabris em Évora que têm também apostado no aumento do número de postos de trabalho.

De acordo com o Ppresidente, citado pela Lusa, a TE Connectivity tem, atualmente, “2.200 postos de trabalho diretos”, depois de ter aumentado em “algumas centenas os postos de trabalho” em relação ao período de pandemia de Covid-19 e a Kemet já “ultrapassou os 400 postos de trabalho”.

As duas fábricas de Évora da Embraer foram vendidas a 3 de maio deste ano, tendo a empresa espanhola Aernnova ficado com todas as ações das unidades, o que representou um investimento de cerca de 165,4 milhões de euros. Nessa altura, ambas as empresas referiram que, para além do fornecimento de componentes para a aviação comercial e executiva e para a área da defesa, era expectável também o aumento da produção de componentes para outros fabricantes aeronáuticos a nível global. 

O investimento inicial feito nestas fábricas, inauguradas no ano de 2012, rondou os 180 milhões de euros, tendo a Embraer, dois anos depois da abertura, criado também um centro de engenharia e tecnologia na cidade de Évora.

 

Fotografia de airinsight.com