Como se estivesse a espenicar. Como quando queremos chamar alguém para a realidade.
Como se estivesse a berrar lá dentro. Treme tanto. Agita e nem sequer movo um pé.
Como se estivesse a querer sair e se encontrasse perdido sem encontrar uma das saídas.
Menos um; ou será apenas mais um?
O calendário deixou de fazer sentido e guio-me pelos desejos que pedi à lua. Pelos meus desabafos, pelos meus suspiros tão profundos quanto o mar. É assustador.
À hora marcada, os meus ouvidos guiam os meus pés gelados pelo barulho da noite. Cada passo tem um sentimento diferente gerando o caos. Sou agarrada pela ânsia. Torturada pela doença. Amada pelo desassossego.
A impressão dos olhos a tremer é verídica e faço um estudo do que está ao meu redor. É tudo tão superficial. Tão laranja e repulsivo. A falta de confiança roda pela minha íris e deixo-me afogar nela.