15 Junho 2025      11:27

Está aqui

13 de junho

Entre linhas gordas e pretas rescrevo-nos em sonhos que contrastam com a esperança. Que cheiram a reminiscência e cantam desolados. Um cheiro familiar e permito-me cair em câmara lenta, de joelhos, com olhos semi cerrados, ameaçando fechar a qualquer instante sem eu dar conta.

Relatos de um amor infinito que vibra nas nuvens.

Vês a mesma lua que eu?

Deixas-te enfeitiçar por ela?

Que ela te abrace como abraçara em dias famintos por amor. Desejo. Ternura. Fogo. E fado.

Um. Dois. Três. Quatro e cinco. A sorte tornou-se o (nosso) azar.

Puxo os joelhos encostando-os ao queixo, fazendo pressão contra o mesmo e entrelaço as mãos. Deixo-me ficar. Pela luz da lua, pelos gritos suplicantes que fogem pelo olhar com recurso à melodia melancólica que se criara, e pela ansiedade. .

Miro os meus braços e a forma como as minhas sobrancelhas reagem rasga algo dentro do meu corpo. Aperto-me mais contra mim. É só com isto que posso contar.

Cinco, quatro, três, dois e um.